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Família de Darcy Ribeiro pede providências

Casa que foi do antropólogo em Maricá ameaça ruir desde que cunhada cedeu residência em comodato à prefeitura


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Representação da casa projetada por Niemeyer
Blog do Tuninho Vaz
O Estado de São Paulo – A Fundação Darcy Ribeiro, presidida por Paulo Ribeiro (sobrinho do antropólogo), deve exigir que a prefeitura de Maricá inicie reformas urgentes na casa de praia que foi do autor, no litoral fluminense. Segundo Ribeiro, a residência está cedida em comodato por cinco anos para o poder público municipal, mas face às más condições do local, pode iniciar um processo de retomada do imóvel – o contrato estaria sendo desrespeitado.

A situação de abandono da residência, projetada por Oscar Niemeyer, foi revelada pelo blog do escritor curitibano Toninho Vaz, conforme informou o Estado anteontem. Toninho, autor de O Bandido Que Sabia Latim, tem relação afetiva com a casa de Maricá – foi amigo de Darcy Ribeiro, e sua mulher, Naná Gama e Silva, foi assessora do antropólogo por cerca de oito anos. “Ele nos emprestava a casa para o grande período de férias de final de ano, Natal e réveillon.
“Conheci bem a casa, passei temporadas grandes durante pelo menos dois anos. O Darcy me contou que levou o Niemeyer até o terreno, que fica em frente do mar, e lhe pediu um “projetinho” que pudesse ser simples e eficiente ao mesmo tempo. O gênio colocou uma pedra no centro do terreno, sentou-se nela e ficou observando o traçado do vento. Sem muito pensar, decidiu construir uma meia oca, em homenagem aos amigos índios de Darcy, onde o vento entra por um lado e sai pelo outro. Ou seja, a ventilação vinha pela biblioteca e terminava no último cômodo da outra extremidade, a cozinha. As portas internas funcionavam como eclusas, para diminuir o vento durante as noites. A piscina redonda fechava o círculo do desenho. A mesa da cozinha era externa, fixa, de concreto”, contou o escritor.

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