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Vacinação contra paralisia infantil começa no próximo sábado em Maricá

Começa no próximo sábado, dia 08/06, a campanha de vacinação contra poliomielite (paralisia infantil) destinada para crianças entre seis meses e menores de cinco anos de idade (quatroanos11 meses e 29 dias). Nesse dia, todas as unidades de Saúde de Maricá estarão oferecendo a vacina das 8h às 17h. A campanha segue até o dia 21/06.

A poliomielite é uma doença viral que pode afetar os nervos e levar à paralisia parcial ou total. O objetivo da campanha é manter o Brasil na condição de país certificado internacionalmente para a erradicação da poliomielite, estabelecendo proteção coletiva por meio da disseminação do vírus vacinal no meio ambiente. Em Maricá, a meta da secretaria de Saúde, preconizada pelo Ministério da Saúde, é vacinar 7.025 crianças, 95% da população-alvo.

A coordenadora municipal de vacinação, Núbia Brum, destaca a importância de participação nesta campanha. “Contamos com a colaboração de todos. A adesão da população é fundamental para que a poliomielite continue erradicada do país”, explica a coordenadora acrescentando que, durante a campanha, se houver necessidade, os cartões de vacinas poderão ser atualizados, caso a criança ainda não tenha recebido outras vacinas como DTP (difteria, tétano e coqueluche), tetravalente (difteria, tétano, coqueluche e Haemophilus Influenzae b – HIB), tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e hepatite B.

A vacina contra a pólio é segura. Cada criança vai receber duas gotas da vacina, raramente ocorre reação vacinal, mas existem contra indicações para aquelas crianças portadoras de infecções agudas, com febre acima de 38ºC; crianças com hipersensibilidade conhecida a algum componente da vacina (a exemplo da estreptomicina ou eritromicina); crianças que no passado tenham apresentado qualquer reação anormal à mesma vacina; crianças imunologicamente deficientes ou com deficiência imunológica congênita.

A Doença
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda que atinge, principalmente, crianças de até cinco anos. É transmitida pelo poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local, favorecem a transmissão.

O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é, geralmente, de sete a 12 dias, podendo variar de dois a 30 dias. A transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação.

O poliovírus se desenvolve na garganta ou nos intestinos e, a partir daí, espalha-se pela corrente sanguínea, ataca o sistema nervoso e paralisa os músculos das pernas. Em outros casos, pode até matar, quando o vírus paralisa músculos respiratórios ou de deglutição.

Prevenção

Não existe tratamento para a pólio e somente a prevenção por meio da vacina garante a imunidade à doença. O Brasil está livre da poliomielite desde 1990. O último caso no país foi registrado em 1989, na Paraíba. Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. Apesar de não haver registro de casos de pólio há 24 anos no Brasil, é importante manter campanhas de vacinação anuais porque o poliovírus, causador da enfermidade, pode ser reintroduzido no país. Isso porque o vírus ainda circula no mundo. Entre 2007 e 2012, 35 países registraram casos de poliomielite, sendo que três ainda são considerados endêmicos: Afeganistão, Nigéria e Paquistão.

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