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Prefeitura de Maricá eleva orçamento do novo hospital em 275%

Por Aline Barreto / A Tribuna – A população de Maricá e de toda a Região Metropolitana precisará esperar por mais tempo para ter atendimento no tão esperado novo hospital, a ser construído às margens da rodovia Amaral Peixoto (RJ-106). Uma das principais promessas da campanha de reeleição do prefeito Washington Quaquá, o Hospital Municipal Doutor Ernesto Che Guevara ainda não saiu do papel após dois anos reeleito, muito provavelmente por conta de ajustes no projeto que elevaram o valor de construção, pulando de R$ 16 milhões para R$ 60 milhões, um aumento de 275%. De acordo com a prefeitura, todo o projeto precisará ser refeito. Inicialmente, o hospital teria 10 leitos de UTI (totalizando 76 vagas), 19 enfermarias (com três leitos cada), seis salas de observação para adultos e mais três alas de observação para pediatria.
Enquanto isso, o atual hospital, Conde Modesto Leal, há mais de três anos é administrado por uma Organização Social, fato que foi aguardado pela população como uma melhoria na gestão, mas que, com o passar dos anos, se mostrou sem efeito.

A Prefeitura de Maricá alega que vários fatores levaram ao atraso no início das obras do novo hospital. O principal deles é, justamente, a tramitação diferenciada de projetos de unidades hospitalares, cujas normas de elaboração, implementação e execução diferem das demais iniciativas. A Secretaria municipal de Saúde também reavaliou o modelo apresentado inicialmente e decidiu realizar uma série de alterações antecipando-se às recomendações que seriam encaminhadas pela Vigilância Sanitária estadual. Com isso, todo o projeto acabou sendo refeito e os custos ultrapassaram bastante o valor inicial de R$ 16 milhões. Atualmente, a prefeitura tenta viabilizar uma elevação do teto do financiamento federal de forma a reduzir o impacto orçamentário de sua contrapartida causado por uma obra de aproximadamente R$ 60 milhões. No entanto, a prefeitura não detalhou as alterações no projeto que levaram o valor da obra a aumentar em quatro vezes.
O novo hospital, evidentemente, vai concentrar a maior parte dos atendimentos – principalmente por traumas decorrentes de acidentes de trânsito, hoje a principal pressão de demanda sobre o Conde Modesto Leal. A nova unidade será aparelhada para atender à demanda não só gerada por um município de 135 mil habitantes (segundo o IBGE), como de regiões próximas. Após a sua entrada em operação, o Hospital Municipal Conde Modesto Leal continuará a fazer atendimentos, possivelmente de menor complexidade. A prefeitura não divulgou prazos para início e conclusão da obra.

RECLAMAÇÕES
Nas redes sociais a população da cidade se queixa, e muito, do único hospital. A principal se relaciona à falta de médicos e a diagnosticação dos pacientes sem exames. O tempo de espera por atendimento completa a lista das reclamações.

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