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Segundo Cremerj, condenada por decapitação pode exercer a medicina

Segundo o Conselho, crime ocorreu na esfera cível e não médica. Ela foi suspensa da profissão por 30 dias e já cumpriu a punição.

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), Pablo Vasques, disse nesta quarta-feira (17) à reportagem do G1 que a médica Gabriela Corrêa Ferreira da Costa, de 31 anos, continua exercendo a medicina porque ela cometeu um crime na esfera cível e não médica.

“Evidente que essa é uma situação desagradável. Mas se um médico comete um crime comum, como um atropelamento, por exemplo, deve ser julgado na Justiça comum. São realidades diferentes”, avaliou Pablo.

Ela foi condenada no dia 31 de março a 46 anos de prisão por fazer parte do chamado “bando da degola”, que sequestrou e decapitou vítimas em Belo Horizonte. No entanto, a defesa entrou com um recurso que suspendeu os efeitos da decisão. Há um mês e meio ela voltou a trabalhar após ser contratada pelo Hospital Municipal Conde Modesto Leal, em Maricá, no litoral do Rio. A médica acabou sendo demitida na última segunda-feira (15), após a Secretaria de Saúde da cidade tomar conhecimento dos antecedentes criminiais.

Segundo o presidente do Cremerj, Gabriela foi julgada na esfera ética pelo Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais e pelo Conselho Federal de Medicina, recebendo uma suspensão de 30 dias. A punição já foi cumprida e ela está apta a exercer a profissão em qualquer parte do Brasil.

“Existem três punições possíveis para um julgamento ético: censura pública, suspensão de 30 dias ou cassação do registro. O Conselho Federal optou pela suspensão e não nos cabe avaliar essa decisão”, afirmou Pablo.

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