Rio de Janeiro

RJ: Estado vive a pior crise hídrica da história

O governo do Rio de Janeiro lançou nesta quinta-feira (22) um pacto para tentar diminuir os riscos da falta d´água.

O reservatório do Paraibuna, no interior de São Paulo, tem hoje 1,09% do volume útil. A estrutura, de 19 metros de altura ficava totalmente submersa. É o maior reservatório da bacia do Rio Paraíba do Sul, que abastece dez milhões de pessoas no estado do Rio de Janeiro. O nível dos quatro reservatórios desse sistema está em apenas 5,73%.

O Rio de Janeiro vive atualmente a pior crise de abastecimento da sua história. Isso faz com cada pequeno filete de água tenha uma grande importância no abastecimento da cidade. Por enquanto, o racionamento foi descartado pelo governo do estado. Mas se não chover o suficiente nos próximos meses, tudo pode mudar.

“Nós estamos com uma situação ruim, porque os nossos reservatórios estão muito baixos. O mais provável é que a gente termine esse período de estiagem com os reservatórios zerados”, disse o professor do COPPE / UFRJ, Paulo Canedo.

Faz dois meses que não chove no norte fluminense. Na antiga lagoa, que tinha três metros de profundidade, o barco atolou na secura.
No sul do Rio, Angra dos Reis decretou situação de emergência e proibiu lavar carro, calçada e telhado. Os bairros recebem água em dias diferentes.

Na Baixada Fluminense. No que era o leito de um rio, hoje, em vez de água, só tem folha seca. Na Região Metropolitana do Rio, os municípios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí estão sofrendo com a falta d'água. Entre 40 e 50 caminhões abastecem todos os dias em duas bicas da CEDAE, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio. Mas quem não consegue, tem que esperar até o dia seguinte.
Só o Sul está com níveis confortáveis. O Sudeste, Centro Oeste, e região Norte, estão abaixo de 30%. E no Nordeste, a média é de pouco mais de 10%.
“Se chover a média, nós teremos um 2016 atento. Com grandes possibilidades de nos livrarmos do problema. Empurraremos o problema para 2018”, afirma o professor Paulo Canedo.

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