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Maricá faz capacitação em zika virus e microcefalia para médicos e enfermeiros

A Secretaria Municipal Adjunta de Saúde, através da Subsecretaria de Atenção Básica e da Vigilância em Saúde, realizou nesta quarta-feira (03/02) uma capacitação em zika vírus e microcefalia para médicos e enfermeiros da rede básica de Maricá. Subsecretária de Atenção Básica, obstetra e ginecologista, Claudia Souza afirma que o objetivo é repassar aos profissionais as informações atualizadas sobre as doenças de modo a abordar aspectos epidemiológicos, quadro clínico, tratamento, diagnósticos diferencial para dengue, febre chikungunya e outras doenças, com destaque para a prevenção. “Abordamos também o fluxo para atendimento em casos suspeitos de microcefalia no pré-natal e pós-parto”, explicou. “Se a paciente estiver grávida e tiver suspeita de zika deve procurar a unidade de saúde mais perto de casa. Ela receberá uma atenção especial. A unidade notificará à vigilância epidemiológica de Maricá, que fará encaminhamento para a realização de exames laboratoriais”, acrescentou Cláudia, informando ainda que se o resultado for positivo para zika, a gestante receberá toda a atenção em seu pré-natal. Vale destacar que Maricá não pode confirmar casos de zika vírus porque somente alguns municípios no estado, selecionados pelo Ministério da Saúde, estão habilitados a coletar amostras de sangue para os exames específicos sobre a doença em um laboratório credenciado no Rio de Janeiro.

A médica chamou a atenção ainda para o fato de o causador da microcefalia não ser apenas o zika vírus. “Há outras doenças que podem causar esta anomalia, tais como o diabetes gestacional sem controle, a rubéola e o citomegalovírus. Ainda pode ocorrer microcefalia no caso de mães expostas à radiação, traumas maternos e outros agravos”, informou. Cláudia Souza destaca também o risco da automedicação. “É importante ressaltar que a pessoa não deve se automedicar no caso de uma dessas doenças. Há risco de certas medicações causarem hemorragia”, afirmou.

Dentre os temas abordados estão aspectos epidemiológicos das arboviroses; diagnóstico, tratamento e prevenção; diagnóstico diferencial com outras viroses; zika vírus e microcefalia. Médico da Unirio e Coordenador médico do Serviço de Atendimento Especializado de Maricá (SAE), Marcelo Velho transmitiu vários ensinamentos. “O mais importante é diante de sintomas tais como dor nas articulações, nos ossos, no corpo e manchas na pele, procurar a unidade de saúde para ser orientado”, informou. “Diante de qualquer suspeita, devemos nos lembrar de que não há somente dengue ou zika. Há outras doenças que se parecem com elas”, avaliou o palestrante.

Os profissionais ficaram satisfeitos com a capacitação. Para Magali Cabral, ginecologista e obstetra, que trabalha no Posto de Saúde Central, a capacitação tirou dúvidas. “Gostei muito, principalmente no que diz respeito ao fluxo e à notificação. Sei o procedimento, caso eu tenha uma gestante com suspeita”, disse a médica. Andreia da Silva, do programa Mais Médicos, atua na unidade de Ubatiba. Para ela, sempre é bom receber informações. “O zika é algo novo. Estar atualizado ajuda muito em nosso trabalho”, concluiu. A enfermagem também estava presente. É o caso de Fernanda Bastos, enfermeira do PS de Chácara de Inoã. Segundo ela, antes havia receio em como proceder. “Foi muito esclarecedor. Com a capacitação temos uma direção a seguir”, disse a enfermeira.

Quem não estiver gestante e com suspeita de zika, dengue ou chikungunya também deve procurar uma unidade de saúde e lá será atendido e receberá todas as orientações. De acordo com a Superintendente de Vigilância em Saúde Carolina Monteiro, todas as gestantes que apresentarem manchas avermelhadas em qualquer momento da gestação serão monitoradas pela Secretaria Municipal Adjunta de Saúde até o nascimento do bebê. Quem quiser denunciar possíveis focos do mosquito aedes aegypti ou receber informações sobre dengue, zika ou chicungunya deve ligar para o Disque Dengue Maricá. O telefone é 2637 0091.

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