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Maricá: Comemoração pelo Dia do Meio Ambiente tem participação de comunidade indígena

O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 05/06, foi marcado em Maricá por um grande evento encabeçado pela Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente e que contou com a participação de diversos outros órgãos governamentais e privados, todos reunidos nesta segunda-feira (06/06) na Praça Orlando de Barros Pimentel. Foram montadas tendas onde o público que passava pelo local e alunos das redes pública e particular de ensino puderam aprender um pouco mais sobre a fauna e flora maricaenses, além de receber tópicos como a conservação do solo e combate a incêndios florestais. Houve ainda uma exposição de fotos da natureza do município, feitas pela fotógrafa Renata Gama.

Este ano duas participações foram destaque. Na primeira, dos índios da aldeia Tekoa Ka’aguy Hovy Porã (“Mata Verde Bonita”), em São José de Imbassaí. Membro da comunidade indígena e estudantes da escola Parapoty, que funciona dentro dela, visitaram as exposições logo pela manhã. Para o cacique Darcy Tupã, é preciso fazer a nova geração participar da defesa e manutenção dos recursos naturais. “É uma sabedoria que nós já temos há muitos séculos e que vem de nossos antepassados. Temos de estimular os jovens a se integrar cada vez mais à natureza e nós, que já somos parte desta história aqui na cidade, também buscamos isso”, ressaltou o cacique, cuja indumentária despertou a curiosidade de crianças e adultos, que pediram muitas fotos com ele.

Uma tenda que também atraiu muitos curiosos foi a do Projeto Aruanã, da Universidade Federal Fluminense (UFF), que sempre participa do evento na praça. Neste ano, porém, a presença foi especial em razão do nascimento de filhotes da tartaruga marinha da espécie caretta caretta (conhecida como “cabeçuda”), acompanhada e registrada pelos pesquisadores pela primeira vez no litoral maricaense, no fim de fevereiro. Um grupo de alunas do C.E.M. Joana Benedicta Rangel, no Centro, ouviu com atenção às explicações e disseram ter gostado bastante. “O mais legal foi saber das diferentes espécies e como elas se formam. Foi bacana também a história das tartaruguinhas que nasceram numa praia daqui, não sabia”, contou a estudante Letícia Braz, de 13 anos, ao lado da colega Lara Motta, de 12, ambas alunas do 8º ano. Para uma das coordenadoras do Projeto Aruanã, Larissa Araújo, o nascimento dos filhotes foi um presente para a cidade. “Tivemos esse presente que marcou o ano para nós e deixou as pessoas mais curiosas sobre o nosso trabalho”, avaliou.

O secretário de Ambiente de Maricá, Guilherme Motta, endossou as palavras da pesquisadora e afirmou que o evento deste ano estava mais rico. “Tivemos mais participações nesta edição. Além do Aruanã e dos índios, havia alunos de Biologia da Faculdade Maria Thereza, agentes florestais do Parque Estadual da Serra da Tiririca, de projetos nossos como o Ciência Itinerante e do Maricá + Verde, além das secretarias de Agricultura. O dia foi ontem (domingo), mas fizemos hoje para os alunos poderem participar”, justificou o secretário. Neste evento, o projeto Maricá + Verde ultrapassou a marca de 11 mil mudas entregues à população desde seu início, em março de 2014.

Outros eventos estão previstos nesta semana para marcar as comemorações da Semana do Meio Ambiente em Maricá. Na quarta-feira (08/06), haverá um curso de produção de mudas nativas da Mata Atlântica no Viveiro Florestal do Caxito, onde fica sede da secretaria. No dia seguinte, será inaugurada a primeira placa de sinalização do Circuito Ecológico no Mirante do Caju.

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