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Maricá: Coronel morto investigava fraudes no fundo de saúde da PM

O coronel da Polícia Militar Ivanir Linhares Fernandes Filho, 49, será sepultado na tarde desta quinta­-feira (1) em São Gonçalo, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro. O carro em que o coronel estava foi atingido por 17 disparos, 8 deles acertaram o militar na manhã desta quarta (31). Fernandes Filho fazia parte de um grupo de PMs da Justiça Militar que investigava policiais acusados de fraudar e desviar R$ 16 milhões do fundo de saúde da corporação.

Uma audiência sobre o caso está marcada para esta sexta (2). O coronel é um dos cinco julgadores que apura o envolvimento de 11 PMs, sendo 3 deles, coronéis. A investigação apura a compra de 75 mil litros de ácido peracético (que esteriliza material cirúrgico), mas que não teria ocorrido. Além da aquisição, a preços superfaturados, de 200 aparelhos de ar-­condicionado.

A Polícia Civil do Rio investiga se o assassinato do policial está relacionado com o caso. Outras linhas de investigação da polícia são: uma tentativa de assalto ou se tem uma relação com algum outro caso em que o coronel atuaria na Justiça Militar, Ivanir Linhares Fernandes Filho serviu na PM do Rio por 29 anos. Era filho de um oficial da corporação e apaixonado por motos.

De acordo com relatos feitos à Divisão de Homicídios, Fernandes Filho foi a Maricá, cidade a 40 quilômetros do centro do Rio, para cuidar de sua separação. O militar havia acabado de retornar para o carro em que estava, um Gol cinza de propriedade da PM, quando ele e o seu motorista, o sargento Luiz Cláudio Carvalho da Silva, 44, foram surpreendidos por dois homens armados. Segundo testemunhas, a dupla desceu de um Jeep e iniciaram os disparos. Há suspeita de que um terceiro homem teria participado da ação.

O coronel morreu no local. O sargento foi socorrido e está internado, em estado estável, em um hospital público. O sargento Carvalho da Silva prestou depoimento na tarde desta quarta (31) e disse, segundo o delegado Fábio Barucke, que um dos homens ao se aproximar do veículo disse “perdeu”, o que leva o delegado a investigar a possibilidade de um assalto. A reação dos criminosos em disparar 17 vezes, segundo o policial, seria porque os criminosos teriam visto que os policiais estavam armados.

A polícia já solicitou as imagens de câmeras de vídeo próximas ao local do crime para saber como foi a abordagem ao carro onde estava o coronel. Os investigadores já sabem que o carro utilizado pelos criminosos era clonado e foi usado no sequestro ­relâmpago de um casal, em Niterói, cidade vizinha a Maricá, no último domingo (28).

Em nota, a PM do Rio informou que instaurou uma “apuração sumária” para auxiliar no esclarecimento do caso e está dando apoio à família do policial. “A corporação concentra esforços para prender os criminosos”

Matéria: Folha de São Paulo

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