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Maricá: Cultura digitaliza fotos históricas da cidade

A Secretaria de Cultura vai disponibilizar, a partir de maio, todo o seu acervo fotográfico em formato digital. A ideia é oferecer a todos a história da cidade registrada por fotógrafos profissionais e amadores. Os responsáveis pela pesquisa são o professor e historiador Cezar Brum e a arquiteta Renata Gama – que estão reorganizando o Museu Histórico de Maricá. Segundo o professor, o museu guarda desde 1965 um acervo rico sobre o carnaval na cidade, que vai do primeiro campeonato de escolas de samba e blocos em Maricá.

A primeira proposta é resgatar a história dessas escolas e blocos. Cezar Brum, que foi carnavalesco da extinta escola de samba “Esferinhas”, viveu o auge dos desfiles na passarela do samba, no Centro, que voltarão a acontecer em 2018. “Temos aqui um acervo não só das escolas de samba, mas também de festas de cívicas desde 1965”, afirmou.

Devido ao trabalho na reorganização do museu, o professor afirma não ter tido tempo suficiente para uma pesquisa detalhada e por isso já se desculpa caso algum bloco ou Escola de Samba fique de fora do levantamento neste primeiro momento. “Há informações incompletas, e talvez até com algumas imperfeições cronológicas, devido à falta de uma documentação de fontes escritas, primárias e concretas”, avalia. “Sendo assim, a solução possível foi dispor da maior alternativa disponível, a história oral”, ressaltou.

Em um segundo momento, o historiador fará um levantamento maior para que futuramente estudantes de história, sociologia, filosofia, educação artística possam ter no museu um local para pesquisar com aproximadamente cinco mil fotos, para pesquisas cientificas ou não. Um dos registros mais antigos envolve uma confusão.

Em uma consulta nas atas da Primeira Igreja Batista de Maricá, entidade fundada em 19 de abril de 1916, verificou-se que após pouco mais de um ano de fundação já passava por algumas dificuldades, justamente com um grupo que desenvolvia atividades ligadas a carnaval, como descreve o documento da época: “Várias perseguições têm sofrido os crentes neste lugar”, diz o texto.

O relato informa que um clube de carnaval realizava ensaios no dia 27 de janeiro de 1917 “quando, no mesmo momento, os membros da Igreja realizavam seu culto na Rua Conselheiro Martins Torres (atual Avenida Nossa Senhora do Amparo) e foram surpreendidos por um grupo de carnavalescos, invadindo a casa religiosa com o estandarte (símbolo da entidade carnavalesca).

Ao mesmo tempo, outros foliões do mesmo grupo, atiravam pedras o telhado do templo”. “Infelizmente não houve ainda condições de precisar o tipo e o nome da entidade carnavalesca organizada que “profanou o templo”, porém acredita-se ser a mesma, uma das pioneiras no Município de Maricá (“Bloco ou Rancho,” “Tira-Teima”)”, disse o professor. As primeiras atividades carnavalescas de Maricá não foram marcadas apenas por confusões e perseguições.

As fanfarras eram animadas principalmente quando ocorriam disputas entre as agremiações. Uma das rivalidades de quase meio século foi entre agremiações carnavalescas que usavam as cores Verde e Branco X Amarelo e Branco, na década de 20, “Jacaré” X “Tira Teima” e que também simbolizavam grupos sociais e políticos da população da cidade. Em meados de 1970, “Esferinhas” X “Antiga Amizade” também disputavam a preferencia dos foliões.

Segundo Renata Gama, estas e outras histórias serão resgatadas com o trabalho, fundamental para se conhecer a cidade, que está sendo realizado no Museu Histórico de Maricá. “É muito importante que o povo conheça a sua história. Quando a gente conhece a historia da cidade consegue fundamentar as histórias dos prédios e dos monumentos”, completou

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4 Comentários

  1. a musica popular brasileira ‘e a mais completa mais totalmente nacional,mais forte criaç~ao da nossa raça at’e agora mario de andrade

  2. maria o teu nome principia na palma da minha m~ao e cabe bem direitinho dentro do meu coraç~ao maria! de olhos claros,cor do dia,como os de nosso senhor eu,de ve-los t~ao de perto figuei ceguinho de amor maria! no dia,minha querida em que,juntinhos na vida n’os dois nos quisermos bem,`a noite em nosso cantinho hei de chamar-te baixinho n~ao h’as de ouvir mais ninguem maria!

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