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Com recursos de empresas, PM prepara projeto para atuar em ônibus

Financiado pela iniciativa privada, um projeto piloto para reduzir os assaltos nos ônibus deve começar em dois meses. A negociação entre a Fetranspor (federação das empresas de transporte) e a Polícia Militar está nos ajustes finais. Nos moldes do ‘Segurança Presente’, com uniforme diferenciado, o programa deverá se chamar, em uma segunda etapa, ‘Viagem Segura’.

A ideia do projeto tinha sido antecipada pelo secretário de Segurança, Roberto Sá, ao DIA, em janeiro. Na primeira fase, a expectativa é de que policiais do Grupamento de Policiamento de Transporte Urbano (Gptou) recebam uma gratificação extra mensal em torno de R$ 1 mil, vale-transporte e refeição.

“Atualmente, um dos grandes desafios do Gptou é o baixo efetivo. Temos somente quatro trios para trabalhar por turno de 12 horas, em toda a Avenida Brasil, Centro e Zona Sul. O ideal seria que 10 equipes dessas trabalhassem no período nesses locais”, afirmou o capitão Hugo Leonardo Paiva, 32 anos, comandante do grupamento há 1 ano.

Uma solução encontrada para reforçar a tropa que tem a responsabilidade de policiar 8.500 ônibus diariamente seria a remuneração de outros agentes para, no horário de folga, trabalharem no grupamento. Na segunda fase, prevista ainda para este ano, a intenção é formar outro grupo de policiais para atuar em ônibus no horário de folga.

Assim como o Segurança Presente, que atua financiado pela Prefeitura e pela Federação de Comércio do Estado do Rio, o novo policiamento seria financiado pelas empresas de ônibus. “Todo o projeto está em fase de análise. Há também uma proposta de gratificação trimestral em reconhecimento ao número de ocorrências dos policiais do Gptou, que, mesmo com toda a dificuldade, é atuante”, disse Paiva.

Baseado na experiência à frente do grupamento, o oficial criou uma curso que tenta replicar nas outras unidades. “O Comando de Policiamento Especial sugeriu aplicar nos outros batalhões técnicas de abordagens em ônibus. Começamos o treino de uma equipe em São Cristóvão. No próximo mês, começa o Curso de Operações e Patrulhamento em Vias Expressas e uma das disciplinas é o policiamento em coletivos”, contou o comandante. Segundo Paiva, o policiamento em ônibus necessita de técnicas específicas. “Na Olimpíada, tivemos um episódio em que um policial não treinado jogou spray de pimenta em passageiros. A conduta do agente virou um inquérito”, explicou.

Reportagem: O Dia 

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