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Caso fundo artificial se torne realidade, Maricá pode se tornar referência singular no surfe

Depois que o atual prefeito de Maricá, Fabiano Horta, disse na em março que deverá retomar o projeto do fundo artificial no segundo semestre de 2017, a comunidade do surfe no Brasil ficou animada com a possibilidade de haver em terras brasileiras o primeiro recife artificial capaz de gerar ondas.

A estrutura idealizada por Maurício Carvalho de Andrade, acompanhado do engenheiro costeiro Luiz Guilherme M. de Aguiar, já está sendo trabalhada há mais de dez anos. Nesse período, foram realizados muitos estudos navais e geotécnicos na região para que tudo ocorra de maneira correta.

O campeão mundial de surfe em 2015 apoia a ideia. Em uma entrevista feita para a prefeitura de Maricá no ano passado, Mineirinho falou sobre o quão importante essa iniciativa pode acrescentar positivamente na cidade e no Brasil: “Legal a iniciativa, só tem a acrescentar ao surfe brasileiro. Espero que seja implantada num local de tradição, como é o Rio de Janeiro. Tudo isso começou no Rio de Janeiro, o mundo do surfe. Mais uma vez inovando, criando algo novo.”

Segundo Mineirinho, Maricá pode se tornar um lugar importante para receber eventos de surfe em grande escala. “Com certeza, tem potencial para trazer grandes eventos, como a primeira divisão do circuito mundial, ou até a segunda divisão, que precisa de eventos, de iniciativas. Como eu sou de São Paulo, tenho que parabenizar os responsáveis por essa onda artificial, as pessoas envolvidas que estão procurando melhorar e aprimorar o nosso esporte”, comentou o surfista.

Geralmente competições importantes são realizadas em grandes pontos turísticos e alavancam o turismo da região. Um exemplo aconteceu em 2011, no Panamá. O país, conhecido por ser um bom atrativo para os turistas por conta do canal e da gastronomia, ganhou ainda maior notoriedade após a realização do Billabong ISA World Surfing Games. “Foi perfeito para a nossa economia”, comentou na época Salomón Shamah, então ministro de turismo do país da América Central.

O projeto em Maricá conta com uma tecnologia totalmente nacional, e terá tanques de flutuação que contam com a facilidade de serem implantados em praias similares. Em alguns lugares do planeta o projeto não foi tão bem-sucedido, entretanto a tecnologia utilizada na atual proposta é diferente de qualquer outra realizada em recifes artificiais.

A estrutura idealizada por Luiz Guilherme e Luiz Carvalho é projetada para gerar ondulações perfeitas, quebrando para os dois lados, com 50 metros de extensão em cada sentido.

Uma referência em ondas artificiais é o considerado maior surfista de todos os tempos, Kelly Slater. Em 2015, o norte-americano, junto com uma equipe de cientistas e tecnólogos, criou uma piscina com onda artificial que se tornou referência no mundo. “Sonho com isto desde criança; criamos o que muitos acreditaram ser impossível”, disse o surfista na época.

Após a realização de Slater, ficou ainda mais claro a possibilidade concreta de haver ondas artificiais, mesmo em lugares em aberto e não apenas em uma piscina.

Exemplos de lugares atrativos para o surfe como o caso do Panamá, independentemente de ser onda artificial ou não, demonstram o impulso à economia local. Com essa possível novidade Maricá poderá ser um ponto ainda mais procurado por turistas e principalmente por surfistas do Brasil e do mundo.

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