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Maricá: Projeto ‘Onda Certa’ tem soltura de tartaruga marinha em Cordeirinho

Começou nesta semana na praia de Cordeirinho a terceira edição do projeto ‘Onda Certa’, uma parceria entre a Secretaria de Proteção e Defesa Civil e a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar). Cerca de 85 jovens entre 7 e 17 anos recebem desde segunda-feira (07/1) instruções sobre primeiros socorros, prevenção de afogamento e salvamento no mar, entre outras. Nesta terça-feira (08), os participantes puderam ainda assistir à soltura de uma tartaruga marinha verde (Chelonia mydas), realizada pela empresa CTA Meio Ambiente, que monitora a vida marinha entre Paraty e Saquarema.

O animal de aproximadamente 4 anos de idade pesa 3,8 quilos e tem 33 centímetros de comprimento, e foi devolvido ao mar com muita festa. Segundo a bióloga Mariana Burato, ela foi encontrada nas areias de Maricá há cerca de quatro meses e tinha lixo do intestino. “É uma espécie comum na região e estava vindo à orla justamente para se alimentar”, explicou ela, que deu aos jovens uma curta palestra de sensibilização, mostrando quantidades de plásticos e outros materiais recolhidos dentro de tartarugas, golfinhos e também pássaros que se alimentam do mar.

Tão ou mais empolgados que os meninos e meninas que participavam do ‘Onda Certa’ eram seus pais, alguns pela segunda vez no projeto. Moradora de Itapeba, a professora Marinei Nunes, de 51 anos, voltou a levar a filha Yasmin, de 13 anos, para as atividades. “Isso é a melhor coisa que podia acontecer aqui para eles e para nós. Minha filha, por exemplo, nem sabia nadar direito”, contou a mãe, e a filha confirma: “Eu só levava ‘caixote’ quando entrava, agora sei como fazer”, contou a menina, que levou a amiga Kailane Costa, que tem a mesma idade. “Às vezes nem entrava na água, tinha medo, mas não tenho mais”, garantiu.

O casal formado pelo analista de sistemas Rodrigo Baars, de 45 anos, e pela dentista Elaine Cunha, de 42, saiu de Icaraí, em Niterói, para trazer o pequeno Daniel, de apenas 7 anos. “O que eles aprendem aqui são coisas importantes para a vida. Sinto falta de algo assim onde eu moro”, lamenta a mãe, enquanto eu marido destaca o trabalho da equipe. “Muito bacana a organização, a pontualidade, o empenho dos profissionais, tudo muito produtivo para a formação deles. Aqui eles sabem de coisas que a gente quase nunca tem tempo para explicar”, ressaltou Rodrigo. E para o Daniel, o que é o melhor do projeto? “Para mim o mais legal é entrar no mar”, simplificou o menino.

Para o secretário de Defesa Civil de Maricá, Luiz Carlos Santos, essa satisfação dos pais não chega a ser uma surpresa, uma vez que a demanda deles é quase infinita. “Eles sempre nos pedem para aumentar o número de vagas, mas, para atender com segurança, não podemos ir além das vagas que temos hoje. O jeito que encontramos de atender mais foi ampliando as áreas atendidas. Nestes dias estamos em Corderinho e, na segunda quinzena, estaremos em Itaipuaçu. Isso por outro lado nos deixa feliz porque vemos que é um projeto que foi abraçado por eles”, aponta o secretário, avisando que vai colocar os pais também na atividade: Nesta quarta-feira (09/1), haverá para eles noções de primeiros socorros e, na sexta (11), eles poderão participar junto com os filhos da uma ação no Projeto Navegar, na lagoa do Boqueirão.

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