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Ministério da Saúde descarta contágio por peste bubônica em São Gonçalo

Extra – O Ministério da Saúde descartou que a paciente de 57 anos internada no Hospital Municipal Luiz Palmier, no município de São Gonçalo, esteja infectada por peste bubônica. O diagnóstico foi dado após o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), do Estado, refazer a análise e identificar a bactéria Morganella morganni, comum no meio ambiente e que não causa infecções em indivíduos com boa imunidade.

Algumas amostras laboratoriais foram coletadas e devem chegar ainda nesta segunda-feira ao Instituto de Pesquisa Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco) para outras análises e o fechamento da investigação. Antes, a Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo havia confirmado que a paciente estava, mesmo sem apresentar sintomas, contaminada pela bactéria Yersinia pesitis, causadora da peste bubônica. Sobre esta confusão, a Prefeitura de São Gonçalo informou que, como as microbiologias do hospital são realizadas manualmente, as semelhanças dos casos podem ser confundidas.

No momento, a paciente internada está melhorando da condição que motivou sua internação que, no início, se deu por insuficiência cardíaca. Caso se mantivesse a suspeita de peste, que já foi descartada, não haveria a necessidade de isolamento da paciente, pois ela já havia sido medicada.

A direção da unidade de saúde já havia esclarecido que a suspeita ocorreu após o resultado de um exame realizado no local. A paciente havia dado entrada no Pronto Socorro Central no último dia 22 de dezembro. Lá, foi se realizada a coleta de amostras das mucosas oral, nasal e anal, e também de uma ferida na perna. Com a suspeita, a prefeitura do municípo enviou uma equipe de controle de zoonoses até a residência da internada para fazer uma inspeção de pragas e roedores. Até o momento, não foi encontrado nenhum vestígio de contaminação no local.

A peste bubônica é uma doença causada pelo contato com roedores e suas pulgas, podendo provocar febre alta, calafrios, dores de cabeça fortes, falta de apetite, vômitos, confusão mental e olhos avermelhados. Típica dos ambientes com alta insalubridade, ela apresenta três formas clínicas: peste bubônica, peste pneumônica e peste septicêmica. O tratamento é a base de antibióticos e deve ser iniciado nas primeiras 15 horas após o início dos sintomas.

De acordo com o Ministério da Saúde, o último caso de peste bubônica registrado no Brasil ocorreu no estado do Ceará, em 2005, evoluindo para a cura da vítima.

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