Maricá tem alto índice de apreensão de armas de airsoft
Maricá é a primeira no ranking do Estado em apreensões de armas simulacro, em assaltos e outros delitos. Simulacro são as armas usadas para a prática de esportes como o airsoft.
A cada quatro dias, em média, a polícia apreende no estado do Rio uma arma de airsoft, armamento de brinquedo usado em competições onde são simuladas operações militares. De janeiro a julho deste ano, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), foram retiradas de circulação 55 armas, quase oito por mês. O número já supera as 54 apreensões em todo o ano passado. Foi uma arma do tipo, a metralhadora M60, encontrada pela PM em Parada de Lucas e apresentada como se fosse real.
Abril foi o mês com o maior número de apreensões de armas de Airsoft em 2017, foram 15. Dessas, sete foram registradas na “grande Niterói” (Niterói, Maricá e São Gonçalo) o mesmo número que a capital e apenas uma no interior. No mesmo período do ano passado, foram apreendidas cinco armas utilizadas na prática esportiva, duas na grande Niterói e três no Rio.
O 12º BPM (Niterói), responsável pelas cidades de Niterói e Maricá, foi o que mais apreendeu armas de airsoft até julho desse ano, já foram 12 registros. Desses, seis foram encontrados em Maricá.
Apesar do número de armas de Airsoft apreendidas pela polícia nos setes primeiros meses já ser superior que durante todo o ano passado, o mesmo não acontece com o armamento utilizado no paintball. Em 2016 foram registradas quatro, nesse ano, até julho, nenhuma.
Desde 2014, quando começou a série histórica, mais de 5.500 armas falsas já foram apreendidas. O ISP não detalha qual arma de airsoft foi tirada de circulação, porém, os demais simulacros representam 850 imitações de armas de fogo apreendidas de janeiro a julho desse ano. Nesse período, já foram registradas 52 fuzis, 700 pistolas, 26 revólveres, entre outros. Em 2016, também entre janeiro e julho, foram 57 fuzis, 671 pistolas, e 31 revólveres.
Endurecimento da lei
Em janeiro do próximo ano entra em vigor a lei, de autoria da deputada estadual Martha Rocha (PDT), que reconhece o Paintball e o Airsoft como esporte e regulamenta a prática e os equipamentos no estado do Rio. A lei foi publicada no Diário Oficial em 19 de julho desse ano, porém, só entrará em vigor após 180 dias. Entre outros artigos, ela prevê que “os marcadores/armas de pressão de paintball e o airsoft terão identificador, na extremidade do cano, na coloração laranja ou vermelha viva, a fim de distingui-los de arma de fogo, de réplica ou de simulacros”.
E determina que o comprador deverá apresentar nome completo, data e local do nascimento, cópia da cédula de identidade, CPF, comprovante de residência atualizado e do registro na federação, associação ou clube, caso seja profissional no ato da compra. A loja deverá manter esse cadastro por cinco anos.