Segurança: Efetivo policial é o mesmo em Maricá há 10 anos
Por Fabiano Novaes
A população de Maricá esta aumentando cerca de dez mil habitantes a cada ano. A estatística mostra que os registros policiais aumentaram, embora que todas as correntes contribuam para que este boletim de ocorrência não seja feito, mesmo assim a inércia e o descaso do Estado faz com que a segurança de uma cidade inteira esteja em risco e a população se sinta cada vez mais refém do medo.
Os crimes aumentaram muito desde que o Estado começou a implantar as UPP’s. A política estadual de marcar a mancha criminal e fazer com que ela se desloque, realmente funciona. Observa-se neste caso que onde foi instalada uma UPP e o policialmente foi reforçado (capital e seus arredores) os índices diminuíram, pois as manchas criminais se deslocaram para as cidades vizinhas. Sem a principal fonte mantenedora (o tráfico de drogas), observa-se a mudança de modalidade criminosa, como assaltos e furtos, que vão crescendo a cada dia em cidades como Maricá.
O que assusta o morador é a violência utilizada por estes marginais em suas novas modalidades, pois eles não se contentam em apenas levar o bem das pessoas e acabam em certos casos retirando suas vidas.
O Maricá Info, esteve presente na reunião do conselho comunitário de segurança pública que há muito tempo vem defendendo o aumento do efetivo policial da cidade e contribuimos com informações sobre o aumento dos assaltos na RJ -106, que hoje forma um grande corredor que facilita a fuga dos criminosos que em sua maioria vem de São Gonçalo. Estes passeiam escolhendo suas vítimas no trecho entre Inoã e Parque Nanci. Falamos com o comandante da 4ª Cia, sobre a necessidade de ações conjuntas com o BPRv e planejamentos de bloqueios de contingências em áreas estratégicas de entrada e fuga destes marginais.
Destacamos que um aumento de efetivo e um bom planejamento são fundamentais para a diminuição da violência e aumento da confiança da população nas ações policiais.
Em Maricá, sofre com a fragilidade do policiamento preventivo, a cidade tem o aumento populacional e comercial constante e o efetivo policial de 10 anos atrás. O Estado e o Município não se falam e nem projetam melhorias nesta área. O secretário municipal de segurança ocupa um cargo meramente político e, apesar de querer apresentar um bom trabalho, é limitado. O cabo da PMERJ e atual secretário pode ter uma boa experiência profissional, mas o fato de não ter uma boa articulação com o Estado e as indiferenças por não ser um coronel podem prejudicar suas ações. Soma-se a isso que, diferentemente dos Secretários anteriores, este nem foi dispensado da sua função no Estado e tem que acumular funções.
Enquanto os responsáveis pela segurança pública ignorararem os dados técnicos e priorizar aspectos políticos, a violência continuará crescendo e a população sofrendo e padecendo com este descaso.