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Prefeitura de Maricá abandona o Lixão do Caxito

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O ‘Aterro Sanitário’ do Caxito foi fechado após operação da DPMA (Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente). Prefeitura abandonou o local, que sofre queimadas e polui o solo com chorume.

Da redação | João Henrique – Fechado após uma operação da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, o ‘Aterro Sanitário’ do Caxito continua com toneladas de lixo poluindo o lençol freático da região, como registramos na última segunda-feira (24).

Chegando ao local, nos deparamos com uma placa de fechado, porém, nenhum Guarda Municipal ou funcionário da prefeitura estava de plantão no antigo lixão. Entramos sem problemas e nos deparamos com o cenário de abandono. Toneladas de lixo ainda encontram-se no local, poluindo o lençol freático com chorume, líquido tóxico proveniente da decomposição da matéria orgânica presente no lixo.

Moradora do bairro, Maria do Amparo Marins, de 53 anos, comentou que nas últimas semanas o lixão ardeu em chamas. “Sem chuva o lixão ficou em chamas durante quase todo esse tempo. Não adianta chamar os bombeiros, pois eles não vêm.” Disse.

Encontramos grande parte do lixo em chamas, a fumaça tóxica impedia que chegássemos perto demais, mas registramos a imagem do descaso que afeta o local há meses.

O lixão foi fechado pela Prefeitura em março de 2013, há um ano atrás. Todo lixo da cidade era despejado no local sem o mínimo cuidado com o meio ambiente. O vereador Hélter Ferreira, presidente da comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Maricá não foi encontrado para falar sobre o caso.

O secretário de Ambiente da Prefeitura da cidade havia dito que a prioridade era recuperar o local em parceria com o Governo do Estado. Nada saiu do papel. O projeto era criar um centro de triagem e reciclagem de lixo ao lado do aterro, porém, o terreno do lixão já chegou a ser oferecido como moradia aos índios que ocupam a restinga de Maricá, que obviamente não aceitaram a oferta.

Enquanto o poder público nada faz, o lençol freático da região continua sendo poluído com o chorume que sai dos restos orgânicos depositados no local há décadas. O plano de fechar o lixão foi executo, mas não basta apenas fechar os portões, é preciso cuidar da região afetada e garantir que mais nenhum dano será causado ao meio ambiente. Nada disto foi feito!

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