Lagoas de Maricá sofrem com a falta de chuvas, poluição e desmatamento
Reportagem: João Henrique
Com a estiagem, o forte calor e a emissão de esgoto nos rios e canais, as lagoas do município de Maricá sofrem com a seca. A Lagoa de Maricá, a principal do sistema lagunar, já registra um dos menores níveis de sua história. Em alguns pontos, como no Marine e em Itapeba, o nível de água da lagoa recuou em mais de 10 metros.
Outra lagoa que sofre com a estiagem é a da Costa Verde, em Itaipuaçu, que há 7 anos estava com seu nível no máximo e não tinha tantas casas lançando esgoto no local. A Lagoa Brava foi uma que secou e é usada por uma mineradora para retirar areia, um crime totalmente autorizado pelo poder público estadual, que permite a extração e desmatamento do entorno.
E por falar em desmatamento, esse é mais um dos fatores para que as lagoas sequem. O desmatamento ao entorno das lagoas e rios que ‘abastecem’ o sistema lagunar de Maricá, vem causando a queda no nível de água. Outro fator é o assoreamento dos canais e dos rios, fazendo com que a água vá com mais dificuldade entre o mar e as lagoas. Em alguns pontos podemos observar animais mortos como peixes e caranguejos, o que mostra o estado calamitoso em que as lagoas de Maricá se encontram.
A poluição por casas e comércios se dá, praticamente, com o aval da Cedae e do Governo do Estado, que não pune os infratores e não faz o tratamento do esgoto na maioria da cidade.
Para mantermos as nossas lagoas a salvo devemos preservar mais áreas verdes e evitar queimadas. Também é necessário denunciar quem faz extração ilegal de areia e desmata a vegetação. No entanto, devemos torcer para que chova o necessário para encher as nossas lagoas, rios e reservatórios de água, pois o problema só tem aumentado com o forte calor e a estiagem.
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