No Rio, garis entram em greve e lixo começa acumular
Os garis do Rio de Janeiro entraram em grave às 0h desta sexta-feira (13) e paralisaram o serviço de coleta em toda a capital do Estado. A Comlurb montou um plano de contingência para que a coleta seja realizada, colocando escolta armada junto com trabalhadores terceirizados da 5a Gerência de Conservação, que foram convocados para retirar os lixos das ruas, já que não há garis trabalhando.
Durante a manhã, houve apreensão e registros de confusão durante o serviço de coleta que estava sendo realizado nesta manhã pelos funcionários terceirizados. A Zona Oeste é a região mais afetada com a paralização dos garis, informou a Comlurb. Segundo informações, em algumas regiões os caminhões que recolhem o lixo estão sendo escoltados pela polícia ou segurança particular para garantir que o serviço será realizado.
De acordo com a empresa, atualmente o salário dos garis chega a R$ 2.140, somados a remuneração base (R$ 1.100), insalubridade (R$ 440) e alimentação (R$ 600). O Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação querem um aumento salarial de 47,7% e um reajuste no vale-alimentação de R$ 20 para R$ 27 por dia. A Comlurb ofereceu um aumento de 3% — o valor é abaixo da inflação.
Ainda segundo a Comlurb, um plano de contingência foi implantado para evitar que os lixos se acumulem pela cidade. O número de trabalhadores em serviço é reduzido, mas não há números oficiais.
Uma decisão da Justiça do Trabalho tomada durante a madrugada definiu o fim imediato da greve dos garis, sob pena de multa diária de R$ 100 mil para o sindicato que representa a categoria. O documento foi assinado pelo desembargador do trabalho Theocrito Borges dos Santos Filho. O órgão afirmou que a decisão tem relação com o descumprimento do prazo de 72 horas de aviso prévio para iniciar a paralisação. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou ainda o reforço policial nas garagens e superintendências da Comlurb para que nenhum trabalhador seja intimidado.