Maricá: Cidade terá brigada de combate a incêndio
Em 2014, o quartel do Corpo de Bombeiros em Maricá foi um dos que mais atendeu a chamados por fogo em vegetação. Entre os meses de fevereiro e março de 2017, foram registrados cerca de 16 eventos desta natureza por dia. Preocupado com o grande número de focos na região, o prefeito Fabiano Horta determinou a criação de uma brigada de combate da Defesa Civil Municipal.
A brigada atuará com sete homens, divididos em três equipes. Uma para pleno emprego e outras duas de apoio. Neste primeiro momento, 21 agentes estão recebendo treinamento – ao todo 18 horas – através de um convênio firmado com o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. “O primeiro passo desta parceria será a instalação de um grupamento do Corpo de Bombeiros em Itaipuaçu, mas além disso, também estamos capacitando nossos agentes para apoio em casos de emergência em incêndio florestal”, avaliou o secretário Luiz Carlos dos Santos, afirmando que uma licitação para compra do material utilizado nestes tipos de ocorrência já está em andamento. “Quando este material chegar, os bombeiros vão poder ensiná-los a utilizar”, acrescentou.
Na próxima quarta-feira (28/06), os agentes passarão ainda por uma instrução prática com militares que vieram do I Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente, que fica no Alto da Boa Vista, sob o comando do Major Alberto Pinto Nagipe. A aula será realizada em uma fazenda, que fica na Estrada do Lagarto. “O treinamento abrange noções de combate a incêndio, triângulo do fogo e incêndio florestal. Assim que começar o período de estiagem, vamos fazer uma reciclagem do que eles estão aprendendo agora. Precisamos treinar em um momento de pouca umidade também”, explicou o comandante dos Bombeiros em Maricá, Major Gilvane Dias.
De acordo com o Major Dias, a integração entre as corporações amplia o seu quantitativo e ajuda a implementar projetos que antes não poderiam ser realizados, por falta de efetivo. “Com certeza, com o apoio da Defesa Civil atuando junto ao Corpo de Bombeiros em Maricá, vamos conseguir diminuir muito as incidências de queimadas em vegetação”, disse o oficial, ressaltando que o maior problema do município é o manejo inadequado do solo. “Muitos fazendeiros ateiam fogo para limpar o pasto justamente na época da estiagem, por acharem mais fácil graças a ausência de umidade. Mas desta forma, eles acabam perdendo o controle do fogo, que vai se alastrando e causando grandes desastres florestais”, acrescentou.
A Defesa Civil Municipal contará com uma estrutura de ronda florestal. Suas viaturas serão montadas com equipamentos de combate a incêndio e os agentes vão passar em locais previamente mapeados no período da manhã, onde a incidência de fogo em vegetação é maior. O objetivo é realizar um trabalho de combate e levantamento de dados. Além disso, vão acontecer também ações educativas junto à população, mostrando para eles o que é, e o que não é permitido; o que traz risco e o que gera danos ao meio ambiente.
Texto: Flavio Tenente