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Espétaculo sobre Ariano Suassuna abre festival de teatro em Maricá

A chuva não afastou o público do Cinema Público Municipal Henfil, que lotou o espaço para assistir, na noite da última sexta-feira (03/08), ao espetáculo “Ariano – Um Cavaleiro Sertanejo”, abrindo oficialmente o Festival Fetaerj 2018, realizado pela Prefeitura de Maricá através da Secretaria de Cultura. A peça, encenada pelos integrantes dos Ciclomáticos Cia de Teatro, narra momentos importantes da vida de Ariano Suassuna, em uma bela e criativa homenagem ao escritor nordestino.

Minutos antes de começar, também era longa a fila do lado de fora, guarda-chuvas abertos e boa expectativa do público. Paola Pereira, de 35 anos, moradora de Inoã, disse que já conhecia os Ciclomáticos do festival no ano passado e não perderia essa nova peça por nada: “É muito bom que esteja acontecendo em Maricá de novo para mostrar que a cultura existe, sim, e é acessível a todos”, disse Paola.

Outra bem animada era a funcionária pública Gilcéia Valentim, de 55 anos, moradora do Parque Nanci. Ela disse que, quando soube da apresentação, passou “o whatsapp geral”, convidando todas as amigas. “Acompanhei o festival da primeira vez e gostei muito! E por isso estou de volta. Saí do meu trabalho direto, nem fui em casa. Tenho certeza que será bom. O espaço aqui é ótimo e sem falar que é 0800”, ressaltou. Já a professora de literatura do IFF, Isabela Carvalho, de 32 anos, moradora de Itapeba, listava na programação algumas apresentações do seu interesse: “Macunaíma”, “Mães de CTI”, “Zé Petit e Minduin” e “Tirico e as Histórias de Morros e Fossos”.

Bastidores

O autor e diretor do espetáculo, Ribamar Ribeiro, festejava o fato de estarem abrindo o evento como convidados. “Os 22 anos do grupo se entrelaçam com os 40 anos do festival, que a gente participa desde o início. E isso tudo acontecendo aqui em Maricá é muito especial, porque somos sempre muito bem acolhidos”, elogiou. Para ele, reconhecimento é a palavra que resume o momento dos Ciclomáticos: “Estou muito feliz”.

O diretor comentou ainda sobre o festival retornar à Maricá. “A ideia é de que seja em várias cidades a cada ano por conta da mobilização da arte, mas Maricá… é especial, porque não basta a cidade, é preciso que o povo nos acolha, acolha o festival, não só em estrutura e logística, que aqui é demais, mas principalmente as pessoas, o carinho, a vontade de assistir”, disse. Os atores Gilson Barros e Licurgo Spínola e a teatróloga Sassá Samico, jurados do festival, acompanhavam Ribamar no entusiasmo.

Em sua primeira vez na cidade, Licurgo demonstrava confiança: “Essa abertura com os Ciclomáticos, o cronograma, a diversidade da programação, enfim, o investimento em cultura. É um produto de consumo necessário”, enfatizou. “E um festival como esse é sempre uma experiência bacana, mas primeiro pelo governo municipal insistir nessas ações que, ao meu ver, são investimentos estratégicos para a qualidade de vida da população”, acrescentou a teatróloga Sassá.

“Realmente, Maricá está arrebentando e num espaço como esse que não fica devendo em nada”, comemorou Gilson. A secretária de Cultura, Andréa Cunha, lembrou, por sua vez, que na cerimônia de encerramento do festival, no ano passado, houve a promessa de o evento se repetir em 2018. “Devido ao imenso sucesso que foi em 2017, fizemos de tudo para o festival voltar. E está aí, voltou mesmo”, concluiu.

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