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Maricá: Único hospital da cidade superlotado com macas nos corredores

Uma foto compartilhada nas redes sociais nessa semana chocou os moradores de Maricá (RJ), cidade que recebe o maior valor dos repasses dos royalties do petróleo no Brasil, e que tem apenas um hospital para atender a todos os moradores da cidade e que ainda recebe moradores de cidades vizinhas.

A foto mostra ao menos três pacientes em macas deitados no corredor do Hospital Municipal Conde Modesto Leal, o único que atende emergência em Maricá. A cena choca mais porque não falta dinheiro na prefeitura de Maricá, onde a previsão orçamentária para 2019 é de mais de R$2 bilhões, onde somente para a área da saúde foram destinados mais de R$390 milhões.

Questionamos a prefeitura de Maricá, que informou através de reportagem publicada em seu site que durante os últimos dias, devido as férias escolares e ao aumento de acidentes nas vias urbanas e estaduais, a unidade de saúde ficou superlotada, chegando a receber 1200 atendimentos. Segundo a prefeitura, normalmente o hospital recebe em média 800 atendimentos.

Segundo a Secretária de Saúde, Simone Costa, os fins de semana têm representado um constante desafio ao pessoal escalado para o atendimento. “O volume é muito grande em qualquer unidade de emergência, não só no Conde. O importante é ressaltar que ninguém fica sem o atendimento adequado ao ser levado para lá. O que ocorre são situações momentâneas por conta de múltiplos casos entrando ao mesmo tempo e a unidade tem uma capacidade de absorção dessas demandas.” Disse a Secretária Simone Costa.

Maricá, com menos de 200 mil habitantes, é um dos municípios que mais cresce no Estado do Rio de Janeiro, mas carece em áreas básicas, como saúde e segurança. Mesmo a prefeitura tendo investido milhões no Proeis para o reforço do policiamento, a criminalidade não deixa de crescer.

Uma possível solução para este problema seria a inauguração do Novo Hospital, nas margens da rodovia Amaral Peixoto, que dividiria o atendimento emergencial com o Hospital Municipal Conde Modesto Leal. Questionamos a prefeitura sobre a conclusão e inauguração do novo hospital mas não havíamos recebido a resposta até o momento da publicação desta reportagem.

Para José Augusto, morador de Maricá há 30 anos, a cidade não é mais a mesma. “Não podemos ficar mais tranquilos nas ruas. Antigamente nossa preocupação era só com o horário do ônibus, hoje é com os assaltos.” Disse.

Ele viu muito progresso, mas ao mesmo tempo viu os malefícios do crescimento abrupto. “Veio muita gente estranha, antigamente nos conhecíamos na rua, agora não sabemos quem é quem. Tenho medo da cidade que podemos ter daqui a alguns anos.” Comentou.

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