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Educação Especializada de Maricá é a segunda melhor do país, segundo MEC

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Maricá é a segunda melhor cidade do país no atendimento a crianças com necessidade de educação especializada. O dado faz parte do Censo Escolar de 2018, divulgado pelo Ministério da Educação. Atualmente, 90% dos alunos que necessitam de atenção especial são atendidos na rede municipal de ensino, contra 6,5% na rede estadual e 3,5% em escolas particulares.

A gerente de Inclusão Educacional da Secretaria de Educação, Helen Silvia Ribeiro de Azevedo, explica que o ótimo resultado atingido por Maricá – que fica atrás apenas da capital federal, Brasília – é fruto de um trabalho desenvolvido na cidade desde 2009, e que hoje atende a 838 crianças (aumento de 16,5% em relação a 2018), com variados tipos de deficiência.

Deste total, cerca de 550 recebem atendimento nas salas bilíngues (voltadas para alunos surdos), nas salas específicas para baixa visão e cegueira, e nas salas de recursos, equipadas com materiais pedagógicos que auxiliam na aprendizagem.

“O atendimento educacional especializado atende aos alunos que não têm autonomia e necessitam de material adaptado. Temos também atendimento pedagógico domiciliar, onde atendemos alunos que estão impedidos de frequentar escola, por doença ou deficiência, e o atendimento educacional ambulatorial de alunos jovens ou adultos com doenças mentais que impedem a frequência escolar”, diz Helen.

A gerente destaca ainda que o atendimento especializado tem demanda crescente e, por isso, a meta é acolher todo aluno que precise. “O município vem recebendo alunos com deficiência quase que diariamente, então temos que acompanhar esse crescimento, pois ninguém deve ficar sem atendimento”, afirma ela.

Na Escola Municipal Carlos Magno Legentil de Mattos, no Centro de Maricá, dos 700 alunos do 1° ao 5° ano, cerca de 60 recebem atendimento especializado. A agente inclusiva da unidade, professora Daniela Mota, explica que a sala de recursos é usada sempre no contraturno – as crianças que estudam de manhã fazem as atividades à tarde, e vice-versa. O trabalho é individual ou em pequenos grupos, de acordo com o tipo de deficiência.

Na sala bilíngue da escola, a professora Helen Rosa e a instrutora Gilvana Amorim trabalham sempre juntas para alfabetizar os alunos com deficiência auditiva em Português e em Libras – Gilvana, que ensina a linguagem de sinais, também é deficiente auditiva.

Os alunos, Ricardo Barcelos e Sidnei Oliveira, aprendem usando materiais especiais, como peças coloridas com figuras e jogos de encaixe, facilitando a alfabetização. Durante a realização das fotos para a reportagem, eles se empolgam e tentam se comunicar com a fotógrafa – Ricardo faz o sinal que significa “eu te amo” em Libras. “Ele nitidamente gostou dessa interação”, diz a professora Helen.

Segundo a diretora da escola, Simone Maldonado, na EM Carlos Magno há alunos com deficiência auditiva, autistas, com síndromes de Down e de Asperger e microcefalia, além de uma aluna que recebe atendimento pedagógico domiciliar (APD), no qual as aulas são dadas em casa, já que a menina não pode frequentar a escola.

“Os avanços acontecem de maneira muito lenta, pois cada aluno está em um nível de dificuldade. O atendimento especializado é um trabalho de muita paciência, dedicação e amor”, declara a diretora, acrescentando que as crianças especiais acompanham as aulas nas turmas regulares: “E do 3º ao 5º ano, todos recebem aulas de Língua Brasileira de Sinais (Libras), o que ajuda na inclusão dos colegas”, completou.

A secretária de Educação de Maricá, Adriana Luiza da Costa, comemorou o bom desempenho da rede municipal de ensino e o destaque nacional no censo.

“Isso é o resultado de um trabalho sério que o governo vem desenvolvendo dentro das escolas no município de Maricá. Nossa meta é atender o aluno com deficiência com qualidade, respeitando seus impedimentos e explorando suas habilidades e potencialidades, proporcionado um melhor desenvolvimento e autonomia”, comentou Adriana.

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