Maricá reforça protocolos de segurança da UPA de Inoã
Na UPA de Inoã, que levará o nome da técnica de enfermagem Denise Gomes, falecida no dia 25 de abril por Covid-19, os protocolos de segurança foram reforçados com novas medidas como ‘lava pé’. Na entrada de cada setor, há um pano embebido numa solução desinfectante à base de biguanida (um bactericida de rápida ação).
A higienização é permanente e dormitórios e refeitórios ficam com as portas abertas para que haja ventilação. Nestes últimos, parte dos assentos foi interditada para manter uma distância segura durante as refeições. Estas também são em horários diferentes para permitir a divisão de grupos.
Nos dormitórios, os colchões são desinfectados com álcool 70% logo após serem desocupados. Além disso, os plantonistas são orientados a dormir utilizando máscaras, que são retiradas somente para alimentação. As peças faciais do tipo cirúrgica devem ser substituídas a cada quatro horas, enquanto as demais são trocadas a cada duas horas. Os que têm resultado positivo são afastados por 14 dias. Há também reuniões diárias de avaliação dos procedimentos com as equipes.
A gerente médica da UPA, Juliana Nogueira, destacou que, com todos os procedimentos de segurança, os profissionais contam com apoio psicológico. “É uma rotina bastante rígida para quem está na linha de frente, o que deixa a todos emocionalmente abalados em maior ou menor grau. O que fazemos é reforçar a solidariedade entre nós estimulando, apoiando e oferecendo uma palavra de carinho a quem precisa. Temos de nos unir para sair dessa situação o quanto antes, e creio que vamos vencer”, afirma.
“Acho fundamental todos esses cuidados e vejo que há clínicas particulares que não dispõem de metade disso. A saúde em Maricá está mais avançada do que muitas por aí”, garantiu o clínico geral Gleiton da Cunha.
Para o maqueiro Mauro Almeida, 20 anos, todo cuidado é necessário. Durante seu turno usa três camadas de roupas juntamente com os EPIs e precisa trocar tudo a cada atendimento (peça por peça e sempre virando ao avesso, mesma orientação do HCML). “Dá trabalho pôr e tirar tudo isso, mas, se eu não fizer, posso contaminar a mim e ao paciente, o que é justamente o que devemos evitar”, finaliza.
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