Vigilantes entram em greve nesta segunda-feira (20)
A partir do próximo dia 20 de julho, os vigilantes bancários do Rio de Janeiro decidiram entrar em greve. Com isso, a paralisação atingirá prédios empresariais, hospitais, shoppings, agências bancárias, fábricas, clínicas, universidades, órgãos públicos e outros estabelecimentos envolvidos que contarão com uma carga menor de seguranças. Com o ato, os vigilantes buscam lutar por melhores condições financeiras de trabalho.
De acordo com Cláudio Oliveira, o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e Região (SVNIT), de janeiro até março, os vigilantes do estado vinham negociando por melhores condições financeiras com seus patrões, no entanto, nada que eles pediam foi atendido e, com isso, a greve se tornou necessária. O SVNIT abrange mais de 2 mil vigilantes e atualmente cuida dos seguranças de Niterói, São Gonçalo, Rio Bonito e Maricá.
“A nossa proposta era a inflação do período de fevereiro de 2019 para 2020 +100%. O salário base, por exemplo, é de R$ 1450,00. Se a inflação fosse de 4% pediríamos 8%, mas se a inflação fosse de 3% iríamos querer 6%. O ticket alimentação estava em R$ 22,00 por dia, pedimos, então, R$ 30,00 por dia na proposta. Na época, o patronato, no entanto, queria dar R$ 23,00 no ticket, já no salário eles queriam dar menos que a inflação. A categoria (vigilantes) não aceitou”, disse Cláudio.
No site do sindicato do Rio de Janeiro, o post que anuncia a greve informa que a ação “não é só por reajuste, é por dignidade”. A publicação também informa que os vigilantes atenderão ao efetivo mínimo de 30% por posto de trabalho e plantão, exigido pela lei da greve. Isso quer dizer que os estabelecimentos continuarão contando com os seguranças, no entanto, eles estarão nos locais apenas pela lei e serão o necessário para preencher apenas 30% da carga de vigilantes padrão do estabelecimento.