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Maricá inicia programa de despoluição das lagoas

A Universidade Federal Fluminense em parceria com a Prefeitura de Maricá através da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (CODEMAR) irá implementar de uma série de projetos na área do saneamento básico.

As iniciativas envolvem a instalação do Centro de Pesquisas em Saneamento e Estudos Oceanográficos (AEQUOR), a despoluição da Lagoa de Maricá (LAGOA VIVAS), o Programa de Cursos de Aperfeiçoamento dos Servidores Públicos (PATEC), a balneabilidade das praias internas do ecossistema lagunar e o controle da qualidade de água dos poços artesianos da cidade.

O projeto está em fase inicial de diagnóstico dos córregos contaminados e tem previsão de conclusão em três anos. “O AEQUOR pretende desenvolver e aprimorar sistemas que possibilitem atingir ambientes de difícil acesso e baixa renda em Maricá”, disse Estefan Monteiro.

De acordo com o coordenador geral do projeto e professor do Instituto de Geociências da UFF, Estefan Monteiro da Fonseca, o acordo firmado tem o objetivo principal de executar pesquisas aplicadas nas diversas vertentes de demanda da localidade.

“A região sofre com dificuldades de saneamento e falta de água e o convênio visa auxiliar na gestão do problema. O município vem investindo em seu crescimento, atraindo assim mais moradores, o que pode sobrecarregar a infraestrutura e o meio ambiente. Considerando essa realidade, daremos suporte para estabelecer estratégias de amortecimento desses efeitos. A primeira área de dedicação do projeto foi o saneamento básico”.

A construção do projeto seguirá todos os princípios do Green Building (Arquitetura Verde). O Centro de Pesquisa contará com seis laboratórios, que serão compostos de containers em palafitas e instalados em uma área ao lado da lagoa. Não haverá supressão vegetal para sua instalação. O tratamento de água será feito através de energia solar e tecnologia própria. Nossa filosofia é criar técnicas de baixo custo”, expõe.

Já na fase da despoluição da Lagoa de Maricá (LAGOAS VIVAS), Estefan explica que será empregada a técnica japonesa dos Micro-organismos Efetivos. “Um grupo de oitenta e seis microorganismos que serão introduzidos na Lagoa se encarregará da limpeza do lodo acumulado nos canais. O mau cheiro resultante do descarte de esgoto deve sumir em, no máximo, dois meses a partir da aplicação do método. Esse recurso é utilizado no mundo desde 1986 e atualmente a EMBASA (Empresa Baiana de Água e Saneamento) está usando o mesmo método de depuração da água. A técnica é licenciada pela ANVISA e IBAMA”.

Em paralelo, a equipe do AEQUOR atuará nas praias internas na Lagoa, avaliando a qualidade de água, para registrar a melhoria do ambiente e no controle da qualidade dos poços artesianos. “A finalidade é avaliar a água fornecida ao público através de poços artesianos e das praias lagunares, com o intuito de rastrear uma possível fonte de enfermidades no município”, pontua Estefan. O grupo de pesquisadores pretende interagir com outros centros de pesquisas brasileiros da área. 

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