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Prefeito eleito de São Gonçalo teve nome citado na CPI das Milícias

O prefeito eleito de São Gonçalo, Capitão Nelson (Avante), foi citado no relatório final da CPI das Milícias, de 2008, mas não houve condenação na Justiça. Segundo a campanha do PM aposentado, sua citação no documento da comissão da Alerj se baseou em duas ligações ao Disque-Denúncia, e ele não foi indiciado. Capitão Nelson venceu o 2º turno no segundo maior colégio eleitoral do estado, com 50,79% dos votos válidos, contra 49,21% de Dimas Gadelha (PT).

Viralizou nas redes sociais ontem um vídeo de um morador de favela de São Gonçalo celebrando a vitória de Capitão Nelson com tiros para o alto.

Segundo assessores do prefeito eleito, ele avalia o trabalho da CPI como uma importante contribuição ao combate ao crime no Rio, mas que seu nome foi mencionado erroneamente, como disse ao EXTRA às vésperas do primeiro turno.

— O único erro dele (deputado Marcelo Freixo, que presidia a CPI) foi divulgar um disque-denúncia, que qualquer um pode pegar o telefone e ligar. Virou disque-fofoca.

Conforme o relatório, o então vereador eleito em São Gonçalo seria suspeito de liderar um grupo de 14 policiais que atuaria no bairro do Jardim Catarina.

Capitão Nelson serviu a maior parte da carreira no batalhão da PM em São Gonçalo. Ele foi responsável pela segurança da juíza Patrícia Acioli, assassinada por policiais ligados a uma milícia que agia no município.

— Permaneci com ela por cerca de seis meses. Como já havíamos desvendado aquele plano, vi que não havia necessidade de permanecer. Falei com ela que desejava seguir a carreira na PM — disse Capitão Nelson.

Matéria: Rafael Galdo / Jornal Extra

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