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Itaipuaçu recebe estação de tratamento de esgoto que beneficiará cerca de 500 moradores

A Prefeitura de Maricá inaugurou neste sábado (08/07) a Mikroete, uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) com sistema inovador, que beneficiará mais de 500 moradores do Jardim Atlântico Central, em Itaipuaçu. A compacta estação, com uma extensão de rede um pouco superior a 1 km, é resultado da parceria entre a Companhia de Saneamento de Maricá (Sanemar) e a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar).

A iniciativa faz parte de um conjunto de ações locais para atender a população mais vulnerável. Outras áreas também receberão o mesmo sistema, como Mangueira, Inoã, Cordeirinho, Bananal e Camburi. As obras em Camburi já estão avançadas e devem beneficiar cerca de 100 famílias.

O equipamento utilizará uma tecnologia com micro-organismos naturais no tratamento de esgoto. Essa tecnologia foi desenvolvida pela Biotec, subsidiária da Codemar, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF). Além disso, ela está sendo aplicada na despoluição das lagoas da cidade.

O prefeito de Maricá, Fabiano Horta, enfatizou a importância da obra e reafirmou seu compromisso com o assunto.

“O que estamos fazendo aqui hoje, ninguém está vendo. Os canos passaram por baixo da terra. Mas uma cidade que investe em saneamento garante saúde, um valor fundamental. Na semana passada, o IBGE divulgou o novo Censo, que apontou o número de moradores de Maricá. Essa cidade está crescendo muito. É uma cidade que passa por um processo de transformação urbana extraordinária. Esse é o meu compromisso, meu grande desafio: lidar com a questão da infraestrutura e do saneamento básico em Maricá. Quando vemos 600 residências com o ciclo de esgotamento sanitário completo, temos a sensação de que estamos no caminho certo. Isso tem a ver com o futuro de Maricá, com a qualidade das praias da cidade, com os canais de Maricá. Por fim, quero agradecer aos moradores que tiveram que conviver com essa obra e já adianto que resolveremos o problema da drenagem deste local e transformaremos esse bairro em uma área totalmente urbanizada. Assumo esse compromisso público com os moradores”, garantiu o prefeito.

Rita Rocha, presidente da Sanemar, expressou sua satisfação com a conclusão da obra:

“Estou feliz por fazer uma entrega hoje. Estamos realizando várias outras obras para a população vulnerável, mas são obras grandes que demandam de 20 a 30 meses para serem concluídas. Essa aqui é uma obra que entregamos pronta.
Mas isso é resultado do governo Fabiano Horta. O saneamento é fundamental. Nosso objetivo é levar saneamento para todos os distritos”, afirmou Rita.

Processo 100% natural

O processo para o tratamento das impurezas é 100% biológico e não prejudica o meio ambiente. O esgoto é coletado pelo método tradicional, por meio da rede de coleta, passa por uma série de etapas e entra em contato com um conjunto de micro-organismos naturais. Em seguida, sai tratado da estação, dentro dos padrões das normas sanitárias mais rigorosas.

“Estamos introduzindo na cidade um novo método, que é um investimento em pesquisa para aprimorar o saneamento por meio da biotecnologia, com baixo custo, otimizando o tratamento e sem causar impacto à fauna ou flora local”, disse o presidente da Biotec, Eduardo Britto.

Com a biotecnologia, o efluente (resíduos) passa por todo o processo de filtragem e purificação, tratando o esgoto de maneira totalmente natural, com eficiência de até 98% na remoção de impurezas.

Biorreator

Os micro-organismos usados no tratamento foram retirados anteriormente do próprio esgoto local. Eles são a parte benéfica do esgoto (conhecidos como microbiota benéfica), mas originalmente existem em quantidade muito pequena. Ou seja, sozinhos, não podem fazer muito. Então, depois de coletados e separados em laboratório, eles são multiplicados bilhões de vezes e atingem uma quantidade que, em contato com o esgoto, consegue realizar o tratamento. Dessa forma, eles oxidam a matéria orgânica por meio da respiração e outros processos. Essa multiplicação em bilhões de vezes é feita por um equipamento chamado Biorreator Microbiológico Integrado.

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