Maricá planeja base para lançamentos de baixa altitude e pequenos satélites
Maricá ganhou destaque na imprensa nacional ao ser citada pela Folha de S.Paulo como uma das cidades brasileiras que planejam ingressar no mercado de lançamentos espaciais. O município avança no projeto de construção de um Centro Aeroespacial nas Ilhas Maricás, localizadas a cerca de quatro quilômetros da costa de Itaipuaçu, voltado para lançamentos de baixa altitude e de pequenos satélites de comunicação e monitoramento.
A iniciativa surge em um momento de expectativa histórica para o setor espacial no Brasil. Em outubro, está previsto o lançamento de um foguete que, se bem-sucedido, será o primeiro a entrar em órbita partindo do território nacional. A operação será realizada pela empresa sul-coreana Innospace a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (MA) e é considerada um marco capaz de atrair mais empresas privadas ao Programa Espacial Brasileiro (PEB).
Para o prefeito Washington Quaquá, a localização das Ilhas Maricás oferece uma vantagem estratégica única.
“Daqui, os foguetes usam menos combustível e chegam mais rápido ao espaço. Isso é bom para a cidade porque gera empregos e movimenta toda a economia local”, afirmou.
O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antônio Chamon, também destacou o potencial do município no cenário nacional.
“O futuro econômico e social do país passa pelo desenvolvimento tecnológico, e o setor espacial tem um papel central nisso. Maricá tem vocação e capacidade para ser um polo dessa indústria”, disse.
O projeto já possui um estudo preliminar que confirma sua viabilidade e está em fase de articulação com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e com a Marinha, para obtenção das autorizações necessárias. Além da base de lançamentos, está prevista a criação de um polo de formação de engenheiros aeroespaciais, consolidando a cidade como um centro de inovação e pesquisa de relevância nacional.
