Em Maricá, moradores temem operações de aviões de médio porte no aeroporto
O aeroporto de Maricá (RJ) completou dois anos de operações e passará a ter em julho vôos noturnos e a receber aeronaves de maior porte, como os helicépteros Sikorsky S-92, e os Agusta AW-139 e AW-189 e o Eurocopter H-175, além de aviões de médio porte, como jatos executivos, e pequeno porte.
Neste sábado (30), moradores de bairros da região central de Maricá (RJ) ficaram assustados com os pousos de um avião turboélice. “Olha isso, tragédia anunciada. Avião bimotor está treinando pouso no aeroporto de Maricá e está passando rente as casas, nesse momento já fez mais de dez pousos e decolagens seguidas.” Comentou um morador de Araçatiba.
O avião registrado é um ATR42-500 (prefixo PR-OHS), um avião turboélice de médio porte que é muito utilizado em diversos países para voos de curta distância, interligando uma região a outra, com uma média de 50 passageiros de capacidade.
Os moradores temem outras tragédias aéreas, como as ocorridas em Maricá nos anos de 2013. Nesse ano, dois aviões caíram, um deles caiu na região central de Maricá no portão de uma residência e o outro na Lagoa do Marine.
Segundo a prefeitura, o aeroporto tem um papel importante no desenvolvimento econômico da cidade de Maricá. Por sua localização privilegiada em relação às plataformas da Bacia de Santos, está preparado pela Prefeitura para atender ao modelo offshore, além de ter um contrato de serviços assinado com a Petrobras. A assinatura de uma joint venture com o conglomerado aeroespacial Leonardo trará serviços de manutenção de aeronaves e treinamento de pilotos.
Empresas como a Omni Táxi Aéreo, que atende ao transporte offshore, já estão no aeroporto, que tem recebido propostas de investimentos e parcerias de governos estaduais, como o do Piauí que já demonstrou interesse em adquirir equipamentos de segurança que serão construídos no espaço pertencente à Codemar.
“Temos um equipamento funcionando que gera maiores oportunidades de negócio e emprego. O aeroporto está preparado para receber aeronaves da aviação executiva, comercial e atender o offshore, que demanda uma maior segurança operacional. O aeroporto está sendo preparado para em um próximo momento atender aviação de carga e comercial de pequeno e médio porte”, afirma o presidente da Codemar, José Orlando Dias.
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