Ilhas Maricás
As Ilhas Maricás é um complexo de cinco ilhas no Oceano Atlântico no bairro de Itaipuaçu, em Maricá. O acesso se dá a partir da Rua 70, no Jardim Atlântico, onde saem os barcos. Há duas praias na Ilha, mas apenas uma dá acesso para a principal ilha do arquipélago, a que abriga o farol.
Com cerca de 2km de extensão, a Ilha possui uma vegetação de árvores baixas e poucas árvores frutíferas – a mais comum é a pitanga – e abriga dezenas de espécies de animas, principalmente pássaros e insetos. Cercada de rochas, a ilha é um verdadeiro paraíso para que quer paz e sossego. Muito utilizada como refúgio dos pescadores da região, o local foi se tornando atrativo para a visitação por suas incríveis paisagens.
A trilha até o farol é o principal destino de quem chega a ilha com o intuito de explorá-la. O caminho é simples, chegando pela ‘praia da capelinha’, onde os barcos deixam os visitantes, é só seguir pela direita. A paisagem é linda, a ilha possui uma fenda que praticamente dividem a ilha em duas. No final da trilha, o caminho é entre árvores pequenas e por fim o farol, ponto mais alto da ilha.
História: Naufrágio do Moreno
A embarcação Moreno, pertencente à Compagnie des Chargeurs Réunis havia entrado, dia 13 de Outubro de 1874, no porto do Rio de Janeiro, procedente do Rio da Prata com escala em Santos, após uma viagem de 10 dias.
À bordo estavam 38 tripulantes e 10 passageiros. Dois destes passageiros iriam ficar no Rio, o Sr. Louis Lemblia e seu criado Jean, e os outros seguiriam para Le Havre, porto de destino da embarcação. Em seus porões, carga variada da qual faziam parte 10.000 sacas de café embarcadas em Santos.
Em sua parada no Rio recebeu, além de cargas consignada à empresa J.P. Martin, Potey & C., representante da Chargeurs no Rio de Janeiro, uma passageira, Mme. Joanne Philippe e mais um tripulante.
O Moreno era uma embarcação nova, tendo sido construída nos estaleiros em La Seyne no ano de 1872. Possuía 95,45 metros de comprimento, 10,5 metros de boca e com seu motor a vapor de 860 CV, deslocava suas 1971 toneladas ( 1.141 ou 1.436 toneladas segundo os jornais brasileiros da época ) a uma velocidade de 11,6 milhas/hora.
Tendo saído do porto às 17:00 horas, capitaneado pelo comandante A. Thomas, e navegando a uma velocidade de 10 milhas/hora, eis que, por volta das 19:30 encalha fortemente nas pedras da enseada da Ilha das Maricas. Terminava assim a 5a. e última viagem do navio francês.
Pela manhã do dia seguinte, o capitão do porto do Rio de Janeiro, foi informado do ocorrido e enviou para o local o transporte nacional Bonifácio, que regressou à tarde com todos os 48 náufragos.
Mesmo tendo sido salvos todos os passageiros e tripulantes, o comandante Thomas, teve que lamentar a perda total da carga e da embarcação. Justificando o ocorrido, o comandante alegou falha nas “agulhas” (bússolas) causada por “um tempo excessivamente nublado e atmosfera carregada de eletricidade”, que o impediram de manter o rumo.
Esta foi a primeira perda total de uma embarcação da Chargeurs Réunis e seu valor, além do da carga, foi pago pelos seguradores no ano seguinte.
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Rua 70 em Itaipuaçu, conhecida c omo curva do Francês
[…] Réunis, que entrou no dia 13 de outubro de 1874 no porto do Rio de Janeiro, naufragou nas Ilhas Maricás dois dias depois com 38 tripulantes e 10 passageiros, além de um grande carregamento de café. […]
O aspecto da pintura do farol é lamentável e o “livre acesso” de visitantes ao interior do mesmo e de seu aparelho luminoso, pior ainda.
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