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População, descontente e preocupada com a segurança em alguns pontos do município, condena o serviço

Diversos pontos de luz da cidade estariam em estado precário

A cidade de Maricá está às escuras. É o que dizem os moradores, que estão descontentes com a administração da tarifa de iluminação pública recolhida pela Prefeitura tendo em vista a baixa quantidade de luzes acesas nas ruas. Muitas lâmpadas estão queimadas, algumas chegam a ficar penduradas no bocal, no alto do poste, e assim permanecem. Tem gente esperando providências há um ano.

Na Rua 83, perto da Avenida Litorânea, lâmpadas estão penduradas e os moradores ficam às escuras no trecho. Foto: Lívia Villas Boas
Na Rua 83, perto da Avenida Litorânea, lâmpadas estão penduradas e os moradores ficam às escuras no trecho. Foto: Lívia Villas Boas

O subsecretário municipal de Iluminação e Energia, Adelso Pereira, confirma que metade dos 21 mil pontos de luz da cidade está em estado precário, apesar do aumento da arrecadação da Taxa de Iluminação Pública em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com ele, os recursos estariam sendo aplicados na melhoria do sistema de iluminação como um todo.
A situação é perigosa  tanto para quem está a pé quanto para quem chega em casa à noite de carro e quer segurança para abrir a garagem. Para quem mora na beira do mar, no bairro do Cordeirinho, a situação se complicou um pouco mais. Pela falta de iluminação, usuários de entorpecentes estariam usando a praia como lugar para o consumo de drogas e práticas sexuais.
Nascido e criado no bairro do Cordeirinho, o professor Uhland Schiefer, de 53 anos, foi um dos que protocolaram suas reclamações na Prefeitura de Maricá há um ano.
“Meu protocolo está comemorando aniversário de um ano em julho e eles nem vieram avaliar o local. Isso sem mencionar que o poste, as lâmpadas, a fiação, tudo fui eu quem pagou, gastei mais de R$ 1,2 mil. Não fosse isso não teríamos sequer o poste. A escuridão aqui à noite é total, estamos desprotegidos. O maior problema é que as pessoas são acomodadas e esperam o problema estar muito grave para se queixar. Já chamei a polícia várias vezes por causa dos grupinhos que usam drogas na praia. A rua escura convida os mal intencionados”, lamentou.
Já a aposentada Vera Alves, de 61, se mudou há pouco mais de seis meses para a Avenida Litorânea, no mesmo bairro. Ela contou que está muito desapontada com o lugar.
“Esta praia é muito bonita para ficar abandonada deste jeito. Não podemos nem sair de casa à noite e até caminhar se tornou um perigo. Outro dia fui até a casa de uma vizinha e quase caí no chão porque não conseguia enxergar um palmo à frente do meu nariz. É um absurdo estas lâmpadas não serem trocadas”, reclamou.
O estudante Rafael Santos, de 20, lembrou que o problema não é apenas do bairro, mas de toda a orla.
“A única iluminação vem das casas habitadas. Como na frente da praia a maioria das casas é de veraneio, acaba tudo ficando muito escuro. Na hora de voltar para casa dá muito receio, não sabemos o que vamos encontrar”, ressaltou.
Fábio Magalhães, um dos colaboradores do Instituto da Cidadania de Maricá, disse que os problemas de iluminação estão por toda a cidade.
“Itaipuaçu, Caxito, Espraiada, Pedreiras e Itapeba são exemplos de bairros com problemas muito graves de iluminação pública. No começo desse mandato o prefeito fez uma alteração na norma que regula o espaçamento entre as lâmpadas, que ficou maior. Mesmo assim, oferecendo menos iluminação à população, ele conseguiu aumentar a arrecadação com as taxas. Queremos saber para onde foi esse dinheiro”, questiona.
Problemas pontuais
O subsecretário municipal de Iluminação e Energia, Adelso Pereira, informou, através de sua assessoria de imprensa, que nos pontos visitados por O FLUMINENSE não há um problema crônico, e sim falhas pontuais. Ele disse que até o fim do ano serão repostos 3 mil pontos de iluminação pública.
A Ampla informou que a Prefeitura de Maricá é a responsável pela manutenção da Iluminação Pública do município, a distribuidora tem apenas a responsabilidade de arrecadar o valor e repassar para a Prefeitura. Portanto, os moradores da cidade devem entrar em contato com a Secretaria de Obras do município solicitando a iluminação para os locais que estejam precisando.

Do ‘O Fluminense’

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