Cientistas da UFF descobrem bactéria que “devora” o petróleo
Uma pesquisa revolucionária realizada na UFF pode ser a solução para acidentes ambientais causados por refinarias de petróleo. O experimento, criado no Laboratório de Microbiologia Marinha da Universidade, comprovou que bactérias associadas às raízes das plantas podem ajudar a recuperar áreas poluídas com petróleo e óleo. A técnica, denominada fitobiorremediação, é de fácil aplicação, além de mais barata que as utilizadas atualmente, e poderia ser uma boa alternativa para os efeitos provocados pelo crescimento da industria petrolífera ajudando a diminuir impactos provocados por empreendimentos como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A descoberta pioneira no Brasil, pode ser uma das opções para conter os efeitos de óleo em caso de derramamento, como por exemplo, o que ocorreu esta semana na Ilha da Conceição.
O trabalho foi realizado pelo doutorando Luiz Fontana, e contou com a ajuda da graduada Luciana Chequer, bolsista de Iniciação Científica da FAPERJ. Ambos, orientados pela pesquisadora Mirian Crapez, PHD em Biologia Marinha, avaliaram a possibilidade de recuperar áreas de manguezais poluídas com óleo, utilizando a capacidade biodegradante de bactérias que vivem associadas, em simbiose, às raízes de plantas.
A pesquisa mostra que as bactérias são capazes de “comer” o petróleo, transformando as moléculas de hidrocarboneto em outras bem mais simples e menos tóxicas ao meio ambiente ( gás carbônico e água) e aproveitando-as em seu metabolismo como fonte de energia vital. O objetivo desse experimento é provar que, com a presença dessas bactérias nos mangues, as plantas não morrem. Segundo a pesquisadora, a técnica não traz nenhuma consequência ao meio ambiente, já que elas fazem parte do ecossistema do local.
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