Ao andar pela cidade de Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro, vemos que quem possui necessidades especiais não tem a mínima condição de andar nem mesmo no centro comercial, muito menos nos bairros onde não há pavimentação alguma.
As calçadas do Centro de Maricá são cheias de camelôs, postes, árvores, barreiras que impedem que os portadores de deficiência física consigam se locomover. Não há sequer uma rampa, não há como um cadeirante andar sozinho pela cidade. Até a Câmara Municipal tem uma barreira arquitetônica na edificação, que impede o acesso de cadeirantes na plenária da casa, onde o único acesso é por uma longa escada que leva até o segundo andar do prédio, onde a acessibilidade se dá apenas até a sala de espera e a alguns gabinetes.
A equipe do Maricá Info fez o trajeto da área bancária até o ponto das vans intermunicipais e a quantidade de barreiras para o cadeirante faz com que o mesmo não consiga andar mais do que 10 metros sem o auxílio de outras pessoas.
Até mesmo para os idosos as calçadas com altos degraus e desníveis absurdos podem causar um acidente. O Hospital Municipal Conde Modesto Leal é um exemplo de como não se preocupam com a cessibilidade dos que mais precisam.
Transportes
Não há sequer uma van adaptada para cadeirantes, pouquíssimos ônibus são preparados para o transporte de quem não pode se locomover sem a cadeira de rodas. Desta forma, faz com que pessoas portadoras de deficiência física dependam de alguém para resolver algo para si.
Em março, a Secretaria de Assistência Social entregou uma van adaptada para o transporte de pessoas com deficiência física que será utilizada pela secretaria e pela Associação Pestalozzi de Maricá. Porém, a mesma não supre a necessidade de todos os deficientes da cidade.
