Cresce o número de vítimas de ‘saidinha de banco’
Um levantamento, divulgado ontem pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), apontou que 65 pessoas foram assassinadas durante assaltos envolvendo bancos no ano passado, número 14,04% superior ao ano anterior, quando houve 57 vítimas. São Paulo, com 17 vítimas, e Rio de Janeiro, com 11, lideram o triste ranking, sendo seguidos por Bahia (7), Ceará (6), Minas Gerais (6) e Rio Grande do Sul (5). Minas Gerais foi o estado com maior aumento no período de um ano: passou de 1 em 2012 para 6 em 2013.
Com relação às vítimas, 36 eram clientes, representando 55% do total. Houve ainda 10 vigilantes, 7 policiais e 5 pedestres assassinados durante aos assaltos. Outros 2 bancários (o gerente de uma agência no Piauí e outro agente, no Rio de Janeiro) também foram mortos. Quando a análise é por faixa etária, ficou constatado que a maioria das mortos possuía entre 31 e 40 anos (16 mortos, representando 24,6% do total). Vinte e um por cento das vítimas tinham mais de 60 anos (14 mortes). “Os alvos escolhidos são locais mais vulneráveis, assim como as vítimas”, afirmou José Boaventura, representante da Confederação Nacional dos Vigilantes.
Também no trabalho de levantamento, o relatório apontou migração dos roubos com mortes para o interior dos estados onde também ocorrem as conhecidas “saidinhas de banco”. Em 2013, 49% das mortes ocorreram em saidinhas de banco (32 casos). Outras 14 vítimas (22%), foram noticiadas durante assaltos a correspondentes bancários, como lotéricas, bancos postais nos Correios, farmácias, etc. “O número preocupa demais, pois todas as mortes poderiam ser evitadas. A maioria delas é de saidinha de banco, que pode ser prevenida com medidas simples, como biombos nos caixas”, diz Carlos Cordeiro, da Contraf. “Onde conseguimos, com leis municipais, impor a obrigatoriedade dos biombos, zeramos as mortes”.
Fonte: A Tribuna.