Notícias de MaricáMaricá 200 anosMaricá e sua História

As Ilhas Maricás e o naufrágio do Moreno

Embarcação que naufragou em 1874 ao atingir as Ilhas Maricás, no litoral de Itaipuaçu, hoje é uma atração para mergulhadores de todo Brasil.

Da redação | João Henrique – A embarcação Moreno, pertencente Compagnie des Chargeurs Réunis, que entrou no dia 13 de outubro de 1874 no porto do Rio de Janeiro, naufragou nas Ilhas Maricás dois dias depois com 38 tripulantes e 10 passageiros, além de um grande carregamento de café. Todos conseguiram se salvar, porém, o episódio marcou a história de Maricá e não foi contada no desfile da Grande Rio, que falou sobre a cidade no desfile deste ano.

  • Essa matéria fez parte da série de reportagens sobre os 200 anos de Maricá, os personagens e os fatos que marcaram a história do município.

O Moreno era uma embarcação nova, tendo sido construída nos estaleiros em La Seyne no ano de 1872. Possuía 95,45 metros de comprimento, 10,5 metros de boca e com seu motor a vapor de 860 CV, deslocava suas 1971 toneladas (1.141 ou 1.436 toneladas segundo os jornais brasileiros da época) a uma velocidade de 11,6 milhas/hora.

croqui moreno naufragio
Croqui do navio Moreno, que naufragou em Itaipuaçu.

Tendo saído do porto às 17h, capitaneado pelo comandante A. Thomas, e navegando a uma velocidade de 10 milhas/hora, eis que, por volta das 19h30 encalha fortemente nas pedras da enseada das Ilha Maricás. Terminava assim a quinta e última viagem do navio francês.

Pela manhã do dia seguinte, o capitão do porto do Rio de Janeiro, foi informado do ocorrido e enviou para o local o transporte nacional Bonifácio, que regressou à tarde com todos os 48 náufragos. 

Atração Turística

As Ilhas Maricás é um arquipélago formado por cinco ilhas no oceano atlântico a cerca de 5 km da costa de Itaipuaçu. As ilhas são reservas da Marinha do Brasil e a visitação é restrita, porém, pode-se visitar a principal ilha e conhecer o farol que lá está, além de o local abrigar o navio Moreno, que naufragou no século XIX.

Quando as águas estão mais claras, podem-se ver as caldeiras cilíndricas do Moreno, além de diversos outros destroços do navio, como o condensador, a popa, as caldeiras e até o hélice do navio.

Informações bibliográficas: Jornal do Comercio -17.10.1874 e Diário do Rio de Janeiro – 13, 14 e 17.10.1874

Naufrágio Moreno (Moreno Wreck) – Ilhas Maricás / Rio de Janeiro from Marcio Fagundes on Vimeo.

Artigos relacionados

Um Comentário

  1. Que idiotas! Eles largam a âncora bem no meio do topo do naufrágio.
    Eles estão destruindo a atração turística que faz deles dinheiro.

Botão Voltar ao topo