Maricá: Aeroporto está fechado para pousos e decolagens
Equipes da Secretaria municipal de Obras concluíram, no último sábado, a pintura indicativa na pista do aeródromo de Maricá. As marcações, em forma de X, são necessárias para informar a pilotos que sobrevoam o local da interdição completa da pista para pousos e decolagens. Até então, apenas as instalações aeroportuárias de empresas, cujo funcionamento foi encerrado no local por decisão judicial, estavam fechadas. A medida, solicitada pela Secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico à Agência Nacional de Aviação Civil, foi recebida pela agência, que após observar o cumprimento das exigências do Código Brasileiro de Aeronáutica a encaminhou no dia 25 de fevereiro ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Aeronáutica. O Decea é o órgão encarregado da emissão da autorização.
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O documento autorizando o fechamento foi publicado no último dia 10 de março e tem validade por 75 dias. Durante esse prazo, a secretaria fará uma série de reformas e adequações do local às suas novas perspectivas de utilização, que preveem, entre outras ações, a operação de suporte às plataformas do pré-sal por parte de helicópteros a serviço da Petrobras.
O caso vem se desenrolando na justiça após a queda de um avião no dia 11 de setembro de 2013, na região central de Maricá, onde matou um instrutor de pilotagem e feriu um aluno.
Após esta queda, o prefeito fez um decreto municipal (171/2013), que ordenou o fechamento, mesmo o aeródromo municipal estando aberto para a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). No dia 21 de outubro de 2013, outra aeronave caiu na cidade, desta vez, deixando duas vítimas, um experiente piloto e um Juiz Federal. No segundo acidente, o delegado titular da 82ª DP (Maricá) Julio Cesar Mulatinho indiciou o prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT) e o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Lourival Casula no inquérito. Os dois serão julgados pela Justiça Brasileira.