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Maricá: Restinga pode dar lugar a mega empreendimento imobiliário

A Restinga de Maricá, uma das mais pesquisadas do Brasil pela sua fauna e flora, está no meio de uma briga judicial e uma disputa bilionária.

O terreno privado foi vendido a uma empresa privada há mais de uma década e agora, a IDB Brasil LTDA., empresa do ramo imobiliário, entregou ao INEA (Instituto Estadual do Ambiente) há cerca de uma semana o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), referentes à implantação de um empreendimento imobiliário e um complexo turístico residencial.

Há anos, ambientalistas e defensores da colônia de pescadores de Zacarias lutam para que o local perca as suas características que tornam a restinga de Maricá um lugar único no planeta Terra. Com isso, o juiz Fábio Ribeiro Porto, da 2ª Vara Cível de Maricá, determinou maio deste ano, a mediata suspensão de todos os pedidos de licenciamento, loteamento, construção ou instalação de qualquer empreendimento no interior e no entorno da Área de Preservação Ambiental (APA) de Maricá.

O Projeto

O projeto Fazenda São Bento da Lagoa prevê a criação de um Complexo Turístico na área que compreende a restinga de Maricá e, caso aprovado, irá ocupar uma área de 800 hectares da APA, com a preservação de 81% da vegetação.

O projeto antigo previa, além de uma área de intervenção maio, a criação de ilhas artificiais na Lagoa de Maricá, o que foi modificado no novo projeto apresentado pela IDB em 2012.

Aldeia Indígena

Há pouco mais de um ano, índios entraram na disputa pelas terras da Restinga de Maricá. A Aldeia Indígena da Mata Verde Bonita, ou Tekoa Ka’guy Ovy Porã, ocupa uma grande área pertencente à IDB Brasil.

São 63 índios guaranis habitando o local e com apoio da Prefeitura de Maricá, sobrevivem do plantio, do Bolsa Família e do Bolsa Mumbuca, no qual o governo municipal ajuda 15 indígenas da aldeia com R$70,00 por mês.

Lá a Prefeitura também estuda fazer obras para a rede de água e esgoto e negocia a instalação de energia elétrica no local. A Secretaria de Educação do Município quer enviar um professor para lecionar na aldeia, já que atualmente os índios só estudam a língua nativa, o Guarani.

A IBD aguarda um acordo entre a Prefeitura de Maricá, os índios e a Funai, já que os índios se recusam a deixar o terreno e ocupar uma área pública cedida pelo governo municipal. 

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1 Comment

  1. Mias uma falcatrua do PT Maricá, esses nativos nunca foram da Região, é somente para dificultar a viabilidade do projeto, ideal para o Municipio.

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