Circuito Ecológico em Maricá é opção de lazer para amantes da natureza
Organizado pela prefeitura, projeto ganhou tanta repercussão que centenas de moradores e turistas se reúnem para participar dos percursos ecológicos existentes na cidade
Por Chailon Conceição | O Fluminense – Conhecer as belezas naturais está se tornando uma tarefa cada vez mais fácil e prazerosa em Maricá. Isso porque, desde 2013 a Secretaria Municipal de Turismo e Lazer, com o apoio do Grupamento de Defesa Ambiental e de agentes da Defesa Civil realiza o “Circuito Ecológico”. O projeto ganhou tanta repercussão que centenas de moradores e turistas se reúnem para participar dos percursos ecológicos existentes na cidade. Além da oportunidade de estar em contato direto com a natureza, o ‘Circuito Ecológico’ convida a desbravar as trilhas de Maricá e a vivenciar as experiências das comunidades locais.
“Hoje nós atingimos uma parcela variada de pessoas de diversos municípios que chegam à cidade para conhecer o projeto. Além da divulgação do nosso patrimônio natural, o circuito nos mostra que é possível obter rentabilidade com o turismo ecológico sustentável. Maricá tem uma área de preservação ambiental muito grande e o custo disso é zero. Basta conservamos! Iniciamos o circuito ecológico com apenas 10 pessoas e hoje esse número varia de 30 a 50 semanalmente. Em função disso vamos capacitar e aumentar o número de guias”, ressalta a coordenadora do projeto, Márcia Freitas, de 52 anos.
As caminhadas são realizadas semanalmente de forma gratuita, porém as vagas são limitadas. Nas atividades, os participantes são levados de carro até os locais da caminhada e o ponto de encontro é sempre a Secretaria Municipal de Turismo. No circuito há atividades para todos os perfis e com variados tempos de duração. Desde de o ano passado já foram feitas caminhadas em Itaipuaçu (Pedra do Elefante, “Caminho de Darwin” e Pedra de Itaocaia), Espraiado (Tomascar), Silvado, Retiro (Serra do Camburi), Mirante do Caju, na região central, entre outros pontos turísticos.
Os organizadores do Circuito Ecológico orientam os interessados a usarem roupas leves e calçados apropriados. É importante também levar água, frutas e outros alimentos leves. Por se tratar de uma atividade aeróbica, o circuito não é recomendado para quem possui problemas cardíacos. As inscrições são feitas na Secretaria de Turismo (Praça Conselheiro Macedo Soares, Centro) até às 17h. É necessário apenas preencher um formulário com um documento de identificação e endereço. Mais informações podem ser obtidas pelas pessoas através do telefone 3731-5094.
Caminho de Darwin em Itaipuaçu – A trilha tem duração de duas horas e trinta minutos com um percurso de leve a moderado. O trajeto, entre as cidades de Niterói e Maricá, foi feito pelo naturalista britânico Charles Darwin em 1832, quando pesquisou a biodiversidade da região para incluir suas conclusões na Teoria sobre a Evolução das Espécies.
Vilarejo de Tomascar – O ponto de partida do passeio é o Espraiado. Quem preferir pode utilizar veículos próprios para chegar ao local de início. A caminhada é considerada pesada, com 7 horas de duração (4 horas de ida e 3 horas de volta). Durante o percurso até Rio Bonito, os aventureiros fazem paradas nos riachos, cachoeiras, piscinas naturais e em pontos estratégicos para descanso. Na região, onde funcionava uma fazenda, pode-se encontrar um antigo moinho de farinha de roda d’água, construído na época da escravatura.
Riacho no Espraiado – A caminhada é leve, com percurso de uma hora, pela trilha do sítio até a cachoeira. Durante o trajeto, os aventureiros serão privilegiados com a bela vista das serras e podem desfrutar dos pratos típicos da culinária local.
Pedra de Itaocaia – Caminhada é de classificação média a pesada. O trajeto tem duas horas de duração e grande parte do percurso é de subidas. O local é um dos pontos turísticos da cidade, com 389 metros de altitude. No topo da Pedra de Itaocaia, os participantes terão uma visão privilegiada das praias, lagoas e da Pedra do Elefante, que também fica em Itaipuaçu.
Rampa de Parapente na Serra do Camburi – A subida é considerada leve, com 40 minutos às 1h de duração. A rampa de voo livre é frequentada por praticantes de parapente de todo o Estado. Do local é possível ver boa parte do município, bem como toda a lagoa de Maricá e as praias.
Ponta Negra e Jaconé – Inclui uma caminhada leve até o Farol de Ponta Negra. De lá, os turistas seguem até a Praia da Sacristia, local cercado de pedras negras entre Ponta Negra e Jaconé e ideal para a prática de mergulho e apreciação da vida marinha. O trajeto não é recomendado para quem possui problemas cardíacos.
Serra do Caju-Centro – Caminhada Moderada. Os participantes saem do Centro, seguem até o mirante da Serra do Caju, também conhecido como morro da caixa d’água ou morro do carrapato. O local proporciona uma visão panorâmica do centro da cidade e da orla, de Itaipuaçu até Ponta Negra.