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Obras do emissário submarino entram na reta final em Itaipuaçu

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Moradores são contra, mas as obras para as instalações do emissário submarino do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) já estão na reta final, quase chegando na praia de Itaipuaçu. As obras começaram em 2012 e se arrastaram até agora, com pausas em diversos momentos, seja por falta de licença ambiental ou por ter perfurado áreas de nascentes. As intervenções já chegaram à rua 60 do bairro Jardim Atlântico, no distrito Itaipuaçu, onde máquinas e operários da empreiteira OAS, envolvida no escândalo da Petrobras, trabalham para efetuar o serviço o mais rápido possível, já que o Comperj que deveria entrar em funcionamento neste ano ainda é um sonho distante de ser realizado.

Balsa foi instalada há cerca de 2 km da praia de Itaipuaçu, na altura da rua 60 do Jardim Atlântico. (foto: João Henrique / Maricá Info)

Balsa foi instalada há cerca de 2 km da praia de Itaipuaçu, na altura da rua 60 do Jardim Atlântico. (foto: João Henrique / Maricá Info)

Logo no início das obras, ambientalistas entraram com um pedido no Ministério Público Estadual pedindo cancelamento do processo de licenciamento e novos estudos de impacto ambiental para a obra. O duto, que transportará os dejetos químicos gerados no Complexo Petroquímico, em Itaboraí, terá aproximadamente 40 km no total, com cerca de 2 km dentro do mar, na praia de Itaipuaçu. A Petrobras conseguiu a licença para a construção do duto, mas ainda não há a licença para que os dejetos químicos sejam jogados no mar.

Contrapartida

Como ‘compensação’ para o emissário submarino, que vem sendo chamado de ‘esgoto do Comperj’, a Prefeitura de Maricá recebe, em partes, uma contrapartida de R$ 93 milhões para a construção de centros de tratamento de esgotos e 238 quilômetros de redes de coleta, distribuídos entre os bairros: Centro, São José do Imbassaí, Retiro, Itapeba, Ubatiba, Araçatiba, Barra, Jacaroá e parte de Pedra de Inoã.

Os recursos virão do PAC 2 (R$ 33 milhões) e da Petrobras (R$ 60 milhões), como contrapartida à construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que inclui outro emissário para efluentes cuja rota também passa por Maricá. Segundo Quaquá, as obras serão fundamentais para frear o despejo de esgoto nas lagoas da cidade.

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