Petrobras foi multada pela prefeitura de Maricá em R$ 5 milhões
A Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente de Maricá aplicou à Petrobras uma multa no valor de R$ 5 milhões em razão do lançamento de material tóxico em uma Área de Preservação Permanente (APP) na região de Cassorotiba. A irregularidade havia sido constatada durante uma fiscalização realizada em fevereiro pelo órgão – que gerou um embargo – nas obras do emissário submarino do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que cortam um trecho do município até o lançamento em Itaipuaçu. Um laudo emitido pela própria estatal apontou a presença de uma quantidade de alumínio mais de dez vezes superior ao tolerado pelos parâmetros ambientais.
O secretário disse ainda que sua pasta e outras seis entidades de defesa do meio ambiente de Maricá, juntamente com a Delegacia do Meio Ambiente da Polícia Civil, irão solicitar ao Ministério Público Estadual o embargo total da obra do emissário. Uma comissão formada por representantes de cada um dos órgãos deverá entregar o documento na próxima segunda-feira (4/5).
A fiscalização do dia 27 de fevereiro foi realizada após denúncias de moradores. Equipes da secretaria descobriram na Estrada de Cassorotiba uma perfuração para colocação de dutos – chamada tecnicamente de “furo direcional do emissário” por onde vinham sendo perdidos, há pelo menos quatro meses, 30 mil litros de água por hora. A estimativa da Prefeitura é que 86,4 milhões de litros, um volume capaz de encher em torno de 1.500 caminhões pipa, tenham jorrado nos últimos quatro meses.
Segundo a secretaria, a construtora Drilltec, encarregada dessa parte da obra do emissário, era a responsável pelo lançamento do líquido, que apresentava uma coloração branca, dentro de uma propriedade particular, fora da faixa das obras do Comperj.
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