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Maricá: Prefeitura recolhe ossos e restos mortais de baleia em Itaipuaçu

Hipótese é que animal tenha sido esquartejado de madrugada para aproveitamento dos ossos e tecidos.

Os restos mortais da baleia que encalhou terça-feira (11/08) na praia do Recanto, em Itaipuaçu, foram recolhidos na manhã desta quarta-feira (12/08) por equipes da Secretaria Adjunta de Meio Ambiente de Maricá e biólogos do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (Maqua) da Uerj, que foram ao local coletar amostras para análise.

A ossada, já limpa, e uma das barbatanas estavam armazenadas sobre pedras, e parte da gordura do animal espalhada na areia. A principal hipótese levantada pelos biólogos da secretaria e da universidade é a de que o animal tenha sido esquartejado durante a madrugada para aproveitamento dos ossos e da barbatana, e o que restou da carcaça tenha sido empurrada para o mar. “Esperávamos encontrar a baleia inteira e, para a nossa surpresa, estava destrinchada. Pelo corte preciso que foi feito na barbatana e o estado limpo em que os ossos da costela foram encontrados, é bem provável que o animal tenha sido cortado por profissionais”, afirma Valdir Almana, biólogo da Secretaria Adjunta de Meio Ambiente.

(foto: Fernando Silva)

(foto: Fernando Silva)

A definição da causa mortis deverá sair em dois meses, após estudo das amostras de gordura e tecidos coletas pela universidade. Segundo biólogos da Prefeitura, a baleia era da espécie Jubarte, tinha 11 metros de comprimento, peso estimado em torno de 10 toneladas e morreu provavelmente há cinco dias. Equipes da Secretaria Adjunta de Meio Ambiente estão monitorando as praias próximas, já que há alerta de ressaca e o que restou a carcaça, que está no mar, deve retornar para a faixa de areia. Tão logo isso ocorra, a secretaria providenciará o enterro dos restos – o que deve ocorrer na manhã desta quinta-feira (13/08).

O animal foi encontrado terça-feira (11/08) por moradores. A secretaria, assim que foi informada, acionou a Maqua, responsável pelo recolhimento de órgãos e ossadas para análise. Esse procedimento é padrão da secretaria e foi o mesmo realizado no dia 28 de julho, quando outra espécie Jubarte foi enterrada na praia de Guaratiba.

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