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Atletas de Maricá conquistam oito medalhas no brasileiro de tiro com arco

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Muita disputa e perícia dos participantes marcaram as finais do 44º Campeonato Brasileiro Adulto de Tiro com Arco, realizado em Maricá pela Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTArco) em parceria com a Federação do Estado do Rio de Janeiro (Fetarco) e o apoio da Prefeitura de Maricá. As disputas aconteceram nos dias 17 e 18/11, na Praça Orlando de Barros Pimentel (Centro) e os atletas locais tiveram ótima participação.

As disputas eliminatórias reuniram 156 atletas ligados de 19 federações do país, em duas modalidades: arco recurvo e arco composto com rounds duplos individuais, em dupla mista e equipe. Garantiram o ouro Thiago de Castro Gonçalves, pelo composto masculino, Gisele Esposito Meleti, pelo composto feminino, Drean Braga da Silva pelo recurvo masculino, Ane Marcelle Gomes dos Santos, pelo recurvo feminino, Fundação Amazonas Sustentável (FAS), pelo recurvo equipe masculina, Associação Arqueiros da Íris (IRS), pelo recurvo equipe feminina, Fundação Amazonas Sustentável (FAS) pelo recurvo equipe mista e Sociedade Esportiva Palmeiras (SEP) pelo composto equipe masculina.

Ao todo, os representantes de Maricá garantiram oito medalhas para a cidade, sendo duas de ouro (individual feminino e equipe feminina mista), três de prata (feminino individual, equipe masculina e equipe mista) e três de bronze (feminino individual, equipe masculina e equipe mista). A maioria deles passou a praticar a modalidade graças a um convênio da Prefeitura através das secretarias de Educação e Esporte e Lazer com o CBTArco.

Ane Marcelle Gomes dos Santos (24 anos) é uma delas. “Eu tinha 15 anos quando comecei a fazer tiro com arco. Foram na escola e disseram que precisavam mais para o feminino. Eu fazia handball, mas achei o tiro com arco completamente diferente e decidi trocar de esporte. Valeu muito a pena”, lembrou minutos antes de disputar a medalha de ouro pelo individual e de bronze pelo misto. “Jogar em casa é melhor por ter uma torcida maior, que sempre nos ajuda muito, porque nos coloca para cima. E o fato de ser aqui na praça torna o esporte ainda mais visível”, analisou.

Lugui Cruz (20 anos) também começou no esporte à convite da diretora da unidade em que estudava. “Ela disse que tinha aberto algumas vagas, aí eu fui ao CBTArco conhecer e me apaixonei pelo tiro com arco. Estou lá até hoje. O mais complicado no campeonato é ter que carregar tudo nas costas e jogar com força, por ser aqui o local em que treinamos. Então, a cobrança dos amigos e parentes aumenta. Mas nossa expectativa é sempre a vitória”, declarou.

“Minha expectativa sempre foi a melhor de todas. Disputei o ouro acreditando na vitória, mesmo sabendo que o campeonato estava com um nível muito alto, principalmente no composto masculino. Além disso, essa estrutura é muito boa e as finais na praça também são muito legais, por serem num local diferente das classificatórias”, disse Thiago de Castro Gonçalves (32 anos), que veio de Goiana (PE), ao lado de seu técnico. “Nós observamos a técnica, vemos se o atleta está cometendo algum erro, tempo e entrada, porque no momento eles ficam muito nervosos e são os pequenos detalhes que fazem a diferença entre ganhar e perder”, explicou Henrique Junqueira Campos, de 43 anos. Marcos Porto (18 anos) lutou com unhas e dentes pelo bicampeonato. “À cada medalha conquistada nossa auto estima aumenta. O fato de ser o atual campeão dá um gás ao mesmo tempo que traz um peso por estar disputando na minha cidade, mesmo já conhecendo o vento daqui. Mas esse é o meu trabalho e no esporte você tem que lidar com pressão, riscos, vitórias e perdas”. O atleta garantiu a medalha de prata.

Outro dos principais representantes em tiro com arco na cidade é o tricampeão brasileiro Marcus Vinicius D’Almeida (20 anos) que infelizmente não participou da competição como atleta, mas atuou como técnico dos companheiros de equipe, no domingo. “Eu não pude participar do campeonato brasileiro desta vez, porque estava numa competição militar no Irã. Voltei ontem. Se não fosse isso, com certeza, eu estaria aqui competindo”, explicou.

Secretário de Esporte e Lazer, Filipe Bittencourt contou que a parceria de sua pasta com a Educação ainda existe. “Vamos às escolas para fazer a inscrição, trazer atletas, mas qualquer pessoa de Maricá que queira participar do projeto, pode, porque a intenção da Prefeitura é incentivar o surgimento de novos atletas. Queremos consolidar Maricá como a capital do tiro com arco no Brasil e pelo resultado dos nossos atletas temos conseguido”, disse.

“O Rio de Janeiro vem despontando há muito tempo na categoria olímpica que é o arco recurvo. Esse é o evento teste para o Brasil Cup Maricá 2019 que vai valer para o ranking mundial e para o sul-Americano de tiro com arco. Mas é importante destacar que sem o poder público, nós não conseguiríamos fazer nada. Não teríamos condições de fazer um evento desse tamanho, com final em praça pública sem o aparato do poder público. Graças a Deus, aqui em Maricá nós conseguimos tudo que precisamos . É isso que faz o nosso evento ser muito elogiado”, frisou João Cruz, presidente da Fetarco.

Na arquibancada, Ibiratan Pedroso (55 anos) e Rosilene dos Santos (49 anos) estavam impressionados com o que viam. “É a primeira vez que eu vejo uma competição de arco e flecha e olha que eu sou professor de educação física. Mas moro em Maricá há apenas dois anos. Nunca tinha visto o esporte assim tão de perto”, disse o morador de Pindobal. A moradora de Itaipuaçu completou: “Eu achei bem interessante porque é uma coisa diferente. A gente não esta acostumado a ver essa modalidade”, comemorou. Para praticar tiro com arco é preciso ter o mínimo de 9 anos, mas não há limite máximo para praticar o esporte.

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