Maricá: Prefeitura recebe lanchas catamarãs para fiscalização ambiental
Alvo de polêmica, as duas lanchas catamarãs foram adquiridas por mais de R$640 mil e foram alvo de denúncias na Câmara de Vereadores devido ao alto valor das embarcações.
A Prefeitura de Maricá já adquiriu as duas embarcações do tipo catamarã que serão destinadas ao trabalho de fiscalização e proteção ambiental no complexo lagunar da cidade e no mar – especialmente no âmbito das Ilhas Maricás, que é uma Unidade de Conservação Municipal. Os barcos foram adquiridos por licitação e deverão ser utilizados pela Secretaria de Cidade Sustentável para coibir a pesca predatória, ocupações irregulares, para atividades de educação ambiental junto aos pescadores locais e amadores, entre outras funções. As lanchas catamarãs NomaDb, modelo 7cc tem 24 pés de comprimento (cerca de 7,32 metros), 2,45 metros de largura, casco duplo e são pilotadas de um console central.
Por serem destinadas a atividades de fiscalização que exigem deslocamentos rápidos, ambas estão equipadas com potentes motores Mercury de 150 hp, o que permite uma velocidade máxima de 44 nós (82 km/h). “A escolha do modelo levou em conta, entre outras especificações técnicas, seu baixo calado, o que facilita a navegação em baixa profundidade e o acesso as praias e orlas, proporcionando mais estabilidade sem risco de tombamento”, afirma o secretário de Cidade Sustentável, Helter Ferreira. “Essa aquisição é importantíssima para coibir a pesca predatória, permitir o monitoramento das ocupações irregulares e consolidar a presença do poder público tanto na orla marítima como no sistema lagunar”, acrescenta o secretário. Ainda de acordo com a pasta, os barcos vão auxiliar a coleta de dados por instituições de pesquisas no sistema lagunar de Maricá – Guarapina e nas atividades de limpeza do espelho da água em caso de mortandade de peixes.
Como o complexo lagunar e o litoral são fiscalizados pelo Instituto Estadual do Ambiente, a Prefeitura fará parcerias da mesma forma como tem feito em outras ações conjuntas bem sucedidas que envolvem o estado, a exemplo da recuperação da RJ-102 (atualmente Avenida Maysa Matarazzo), o paisagismo na RJ-106 e a futura escola estadual Darcy Ribeiro – que o município construirá e entregará ao estado para a operação em tempo integral. “Serão feitas também parcerias com a equipe de Inspeção Naval da Capitania dos Portos, da Marinha, para a operação de fiscalização de lanchas e jet-skis nos fins de semana, feriados e no carnaval”, afirma o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leonardo Alves. A previsão é a de que os barcos, que pesam 1.200 kg cada um, entrem em operação em fevereiro de 2019 após o treinamento obrigatório das tripulações. A primeira lancha já foi entregue e a segunda está em processo de fabricação. O investimento total é de R$ 643 mil.
A Prefeitura de Maricá além da fiscalização com lanchas, das lagoas e praias. Também deveria se preocupar com o que os banhistas estão fazendo nas areias das praias. Em Ponta Negra além da sujeira que deixam alguns fazem churrasco, quando se retiram jogam as brasas na areia. Isso é inadmissível. A prefeitura deveria fazer uma campanha de conscientização com os banhistas, fiscaliza-los e quando necessário, multa-los.