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Governador Wilson Witzel planeja privatizar e instalar pedágio na RJ-106

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Governador Wilson Witzel planeja privatizar e instalar pedágio na  RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto), umas das principais vias de acesso a Região dos Lagos e que corta todo o município de Maricá.

Com poucos recursos e diante de uma malha em situação deplorável, o novo governo do estado bateu o martelo: decidiu levar adiante um programa de concessão à iniciativa privada da RJ-127 e de outras 12 rodovias e vias expressas, entre elas a Linha Vermelha, a Via Light e as futuras Transbaixada (que ligará a Via Light à Rio-Petrópolis) e RJ-244 (de Campos até São João da Barra, onde fica o Porto do Açu). A ideia nasceu no último ano da administração passada, que chegou a habilitar seis consultorias para fazer modelagens do processo.

O assunto é tratado como prioridade pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão. Ele diz que espera receber os estudos das consultorias no fim de abril:

— Essas rodovias estão divididas em grupos, e pretendemos licitá-los até o fim do ano. A ordem, questões de prioridade e demais fases do processo dependerão dos estudos técnicos.

O secretário adianta que “o modelo de concessões pressupõe cobrança de pedágio”:

— Esse é o mecanismo necessário para provisão e manutenção das estradas. Mas a questão está diretamente relacionada aos estudos técnicos, temos de esperar.

O projeto original prevê recuperação de pavimento, melhoria da sinalização, corte de mato, instalação de pontos de ônibus. Não estavam incluídos viadutos, duplicações e serviços de ambulância e telefonia. Assim, é possível baratear o preço do pedágio e viabilizar a concessão — argumenta Luiz Fernando.

A ocupação urbana do entorno, segundo Luiz Fernando, é um forte empecilho para que vias metropolitanas e a RJ-106 (Amaral Peixoto) atraiam empresas que operam estradas. O presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), César Borges, no entanto, afirma que o interesse vai depender da modelagem:

— O setor privado está ávido por participar. Não há rodovia inviável. A gente tem que esperar o poder concedente fazer o dever de casa, que é elaborar um bom projeto, e apresentar sua proposta.

Borges frisa que, quanto mais exigências, maior o valor do pedágio.

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