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Maricá tem 1.840 títulos eleitorais cancelados

Os municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Rio Bonito tiveram 32.774 títulos de eleitorais cancelados pelo Tribunal Superior Eleitoral. Isso porque os detentores deles faltaram aos três turnos eleitorais (cada turno é considerado uma eleição) e não justificaram. Os dados são do TSE. No estado do Rio, 185.965 tiveram o documento cancelado. O estado foi o terceiro do país com maior número de cancelamentos, atrás de São Paulo (479.200) e Minas Gerais (148.235). Tais eleitores estão já impedidos de votar no pleito de 2020, entre outras sanções.

O cancelamento ocorreu depois de passado o prazo de 60 dias para que os eleitores passíveis de terem o documento invalidado pudessem regularizar a situação perante a Justiça Eleitoral. São Gonçalo, com 678.579 eleitores, teve o maior número de títulos cancelados, 18.576 ao todo. Até antes do cancelamento, 19.286 estavam ameaçados e apenas 579 regularizaram a situação.

Em seguida vem Niterói, que com 384.813 eleitores, teve 8.067 documentos cancelados. Até então, 8.471 estavam ameaçados e somente 358 regularizaram. Itaboraí, com 171.797 eleitores, teve 3.703 cancelamentos. Estavam ameaçados 3.853 e apenas 171 regularizaram. Maricá, com 107.820 eleitores, teve 1.840 títulos cancelados, sendo que 1905 corriam risco. Mas só 60 foram regularizados. Rio Bonito, com 45.312 eleitores, teve 588 cancelamentos, sendo que 617 estavam ameaçados, mas, só 22 regularizaram.

Em todo o país, 1.711.267 eleitores tiveram o título cancelados. No Brasil há 142.822.083 aptos a votar. Apenas 64.589 foram aos cartórios regularizar a situação. Ainda dá para reverter a situação. Basta o eleitor ir ao cartório eleitoral de sua inscrição, ou, se tiver mudado de endereço, no cartório ao qual pertença a sua residência. Deve levar um documento de identidade, exceto o novo modelo de passaporte por não conter dados de filiação, e, se possuir, apresentar o título eleitoral e os comprovantes de justificativa de ausência em cada turno das eleições, além de comprovante de residência.

O cancelamento do título eleitoral provoca uma série de consequências, como impedir a obtenção de passaporte e carteira de identidade, o recebimento de salário de função ou emprego público, e a tomada de alguns tipos de empréstimos. A ausência de registro também pode dificultar matrícula em instituições de ensino e a nomeação em concurso público.

Matéria: Anderson Carvalho/ Jornal A Tribuna

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