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Maricá: Professora da rede municipal de ensino e morador brilham na Bienal do Livro

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Em sua 38ª edição, a Bienal do livro que acontece no Riocentro (RJ) até o dia 08/09, é o maior evento literário do país. Com espaços dedicados a debates, bate-papos com autores e personalidades, atividades culturais e a venda de livros, o espaço atrai milhares de pessoas com idades diferenciadas. Este ano, porém, quem for ao local nesta quarta e sexta-feira, dias 04/09 e 06/09, terá a oportunidade de conhecer, respectivamente, o trabalho de dois autores, a professora da rede pública de ensino: Alessandra Honorata, e Nilton Oliveira, ambos de Maricá.

Casada e mãe do Pietro de apenas três anos, a poetisa Alessandra Honorata (40 anos) mora na Estrada dos Cajueiros (Itaipuaçu), onde também é responsável por alfabetizar os alunos da Escola Municipal Professor Oswaldo Lima Rodrigues, no Cajueiro.

Conheceu a cidade há 5 anos, quando ainda morava em São Gonçalo e resolveu visitar os pontos turísticos. “Apesar de eu não ter nascido aqui, me apaixonei por Maricá, principalmente por Itaipuaçu e pela Pedra do Elefante. Esta é a cidade mais bonita e tranquila dos arredores e eu trabalho em Maricá por opção mas me identifiquei tanto com o ensino da rede, que todo ano eu faço permuta para trabalhar aqui”, contou.

Pela primeira vez na Bienal, Alessandra participará de um sarau com o grupo Diário da Poesia. “Vou levar meu livrinho “O diário de uma professora” que tem poesias em homenagem às crianças da Casa da Criança de Inoã onde eu trabalhei e duas poesias escritas pelos alunos aqui da escola Oswaldo Lima”, explicou a poetisa que, antes de fazer o livro impresso, acaba sempre produzindo um livro de tecido, com as páginas soltas. “Eu dou uma página para cada criança segurar, para que eu possa interagir com elas. Assim, o livro artesanal acaba sendo mais atrativo e se transforma numa ferramenta de trabalho para a minha contação de historia”, concluiu.

Aos 45 anos, casado e pai de um filho já adulto, o escritor Nilton Oliveira veio de Vicente de Carvalho (RJ) há 5 anos. Morador da Barra de Maricá desde então, estará lançando na Bienal a obra “Pensamentos esdrúxulos e poesias inúteis” e relançando “Ensaio sobre a loucura”, depois de ter sido um dos escritores participantes da Feira Literária de Maricá (Flim), no ano passado.

“Os livros falam sobre nossa realidade, política, vida, poesia e o sentimento que está no ser humano, mas ele tem vergonha de expor. Meu objetivo é incentivar as pessoas a colocar esses sentimentos para fora”, disse o autor, que deverá voltar à Flim na edição de 2019.

Segundo ele, morar em Maricá fez toda a diferença. “A calma ajuda, estimula, o tempo parece que passa mais devagar, então você acaba tendo mais tempo. A cidade me trouxe tranquilidade, paz de espírito, me fez resgatar o meu eu e deu a oportunidade de pensar na vida”, frisou.

Para ele é uma honra levar o nome da cidade para a Bienal. “Nosso objetivo era só sair do Rio quando nos aposentássemos, mas chegou um momento que não deu mais. Na época, tínhamos um distribuidor aqui de Ubatiba que nos convidou para conhecer Maricá. Conhecemos, nos apaixonamos, fechamos tudo lá no Rio e nos mudamos para cá. Os maricaenses me abraçaram, respeitaram, valorizaram minha arte. Me sinto em casa”, finalizou o autor.

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