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Professor de Maricá usa game em aula e faz sucesso na internet

Fortalecimento de laços, resultados mais positivos nas avaliações e mais qualidade nas relações interpessoais são objetivos que permeiam o universo do professor William Corrêa, responsável pelas disciplinas de Ciências Físicas e Biológicas da E.M. Clério Boechat de Oliveira, no Flamengo. Doutorando em Educação, William não poderia imaginar que sua opção por usar games como ferramentas de ensino nessa busca o transformaria em uma celebridade no mundo digital.

Inspirado no filme “Quem quer ser um milionário”, o professor introduziu a dinâmica de gamificação em uma de suas provas e o resultado foi impressionante: postado em sua página na rede social, o vídeo já acumula mais de 3.400 comentários elogiosos e ultrapassou os 7.600 compartilhamentos, o que significa um alcance cinco vezes maior.

Na prova do dia 22/08, contando com a tecnologia e com a parceria das famílias dos alunos do 8º e 9º anos, o professor ofereceu aos alunos a possibilidade de ligar para alguém da família e tentar acertar uma questão com a resposta que vinha do outro lado da linha.

“Enviei para casa uma autorização e um responsável escolhido pelo aluno ficou aguardando a ligação durante a prova”, explicou. “A dinâmica ficou parecida com o jogo de tv. Lá a pessoa pode ligar para alguém e tentar acertar a questão que vale dinheiro, aqui foi a nota na prova”, explicou.

Com turmas do sexto, oitavo e nono anos, a escola de Maricá é a primeira instituição pública na qual o professor desenvolve sua pesquisa. Os resultados são visíveis: o sexto ano teve um aumento de seis pontos percentuais no desempenho cognitivo, enquanto o oitavo e nono anos tiveram aumento de 10 pontos percentuais, de 76% para 86%.

“Mandei mensagem para o meu pai avisando que a prova iria começar e ele me disse que estaria esperando. Isso me deixou muito mais confiante. Na hora liguei para ele e conseguimos acertar a questão”, contou Rayssa Azevedo, de 14 anos, do oitavo ano.

“O professor encontrou uma maneira de aproximar ainda mais a família na educação dos filhos. A prova foi encarada pela Rayssa como uma competição, mas era ela com ela mesma. Quando chegou em casa me agradeceu por ter ficado disponível para atender”, relatou o pai, Thiago Bastos.

“Esse tipo de atividade que ele fez com a gente vai ficar marcado para sempre em nossa mente. O professor pode até se esquecer de um aluno, pois são muitos, mas um aluno nunca vai esquecer um professor que fez a diferença na vida dele”, complementou Isaias da Paz, de 15 anos , aluno do nono ano.

“Essa iniciativa se tornou uma referência, pois mostrou que é possível realizar essas ações diferenciadas dentro do ambiente escolar e isso pode impactar, também, na formação dos professores”, avaliou o diretor da unidade, Felipe Madeira.

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