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Em Maricá, templos religiosos ainda debatem reabertura

A reabertura das atividades em Maricá na bandeira Amarela 1 inclui as atividades das organizações religiosas da cidade. No entanto, as igrejas católicas e evangélicas não abriram nesta quinta-feira (04/06), primeiro dia de funcionamento permitido dentro da nova realidade. Enquanto a matriz de Nossa Senhora do Amparo e as paróquias ainda aguardam uma orientação da Arquidiocese de Niterói, as denominações evangélicas ainda estão discutindo como será o retorno aos cultos. A Associação de Ministros Evangélicos de Maricá (AME) deverá se reunir nos próximos dias.

Os pastores discutem sobre a questão, mas que a tendência é que as igrejas permaneçam fechadas neste fim de semana e também no próximo, quando haverá o feriado prolongado de Corpus Christi, no qual o prefeito Fabiano Horta adiantou que a cidade retorna ao estágio laranja de isolamento. “A minha igreja mesmo não vai reabrir agora, mas inicialmente este será um posicionamento de cada pastor. Estamos realizando reuniões virtuais sobre a reabertura gradual. Por hora, a maioria realiza seus cultos online”, afirmou o pastor Júnior Diogo, da Igreja Batista Belém e presidente da AME Maricá.

Enquanto aguarda a arquidiocese se posicionar, o pároco da Matriz de Nossa Senhora do Amparo, padre Max Celestino, tem uma reunião prevista para esta quinta-feira onde serão debatidas com os ministros as alternativas para os fiéis acompanharem as celebrações in loco. Entre as possibilidades, está a realização de missas na área externa do templo.

“Dentro da igreja não há uma ventilação adequada e também o espaço não permite um distanciamento seguro. Temos certeza que o público virá porque o maricaense tem um grande apego a nossa igreja, mas vamos nos preparar. Além disso, vamos continuar a transmitir as missas pelas redes sociais”, ressaltou Alan dos Santos, que é sacristão e responsável pela comunicação social da matriz, lembrando que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) já divulgou um documento com algumas orientações. Entre elas, está aumentar a quantidade de missas e também evitar a presença de idosos nos templos.

Entre os que professam as religiões de matriz africana a orientação é a mesma de antes: evitar as aglomerações nos terreiros. De acordo com o presidente da Fonte para Orientação Religiosa de Matriz Africana (FORMA), o babalorixá Jonas Liminha, desde o início da pandemia apenas os sacerdotes vêm se reunindo nesses locais para a manifestação da fé. “Não creio que haja uma necessidade imediata de retomar as reuniões com os fiéis, e estamos orientando os terreiros da cidade nesse sentido. Quando for comprovadamente possível, voltaremos a recebê-los”, garantiu Liminha, afirmando que não são realizadas celebrações pelas redes sociais.

Os fiéis afirmam sentir falta dos encontros e dizem estar à espera do reinício das missas e cultos. O comerciante Cid Santos, de 57 anos, congrega na Igreja Batista Atos 2, na Mumbuca, e chama a atenção para o aumento nos casos de ansiedade entre os evangélicos. “Muita gente sente falta de estar na igreja e ficou enfraquecida na fé. É importante se fortalecer espiritualmente até para enfrentar melhor a pandemia. Torço para que volte”, disse ele.

Já a professora Josilane Rocha, que costuma ir com toda a família semanalmente à igreja matriz, garante que as missas pela TV e as redes sociais têm suprido a saudade das celebrações presenciais. “Nos falta a comunhão, que é o alimento do espírito, e também da interação, de partilhar com os irmãos. Enquanto não volta, temos a televisão e a internet para ajudar”, reforçou ela, que tem 40 anos e mora na Mumbuca.

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