Maricá: Sindicato dos Professores rejeita volta às aulas em outubro
Em nota divulgada em relação à volta das aulas presenciais em outubro, os professores através do Sindicato dos Profissionais da Educação de Maricá se posicionaram contrário às medidas, mesmo que com o protocolo de segurança.
“Não podemos normalizar a realidade cruel que a pandemia nos apresenta. Todos nós ansiamos pelo retorno da vida social sem restrições, mas ainda não temos as garantias epidemiológicas para tal.” Diz a nota.
A Secretaria de Educação ainda não divulgou uma possível data para o retorno às aulas presenciais em Maricá. Segundo o Sindicato, há reclamações de que não há um rigoroso protocolo de segurança e que falta até álcool em gel para a higienização das mãos, tornando inseguro a volta às aulas na modalidade presencial. Confira a nota na íntegra:
“Os profissionais em educação do Município de Maricá se posicionam contrários a volta às atividades presenciais nas escolas municipais neste momento da pandemia em que ainda há um grande foco de contaminação e um elevado número de mortes no país. Não podemos normalizar a realidade cruel que a pandemia nos apresenta. Todos nós ansiamos pelo retorno da vida social sem restrições, mas ainda não temos as garantias epidemiológicas para tal.
Os profissionais em educação de Maricá em plenária decidiram só apoiar a volta às aulas ou de qualquer atividade presencial sistemática nas escolas com indicação da OMS e da Fiocruz e com a garantia material da segurança da população (acesso a vacinas, tratamento, capacidade hospitalar etc.)
Desta forma, os profissionais de educação questionam a forma como foi dado o retorno às atividades presenciais administrativas nas escolas municipais em 5 de outubro, sem uma discussão com o sindicato, sem garantias de segurança epidemiológica, sem testagem dos servidores, sem capacitação… Neste contexto, o SINEDUC já está recebendo várias denúncias de falta de protocolo de segurança e condições de higiene básica nas escolas.
É necessário deixar claro para a sociedade que os profissionais em educação estão sim trabalhando, mesmo com as escolas fechadas, de forma remota. Assim, a abertura parcial das escolas para atividades administrativas e reuniões pedagógicas para muitos profissionais se mostra sem utilidade pública, além de atrapalhar o trabalho que está sendo realizado. Se o foco da escola hoje é o atendimento remoto dos alunos, a ida dos profissionais da educação para cumprirem parte de sua carga horária nas escolas retira-os deste foco. Há que destacar que as escolas não possuem capacidade técnica para o serviço online, ou seja, computadores e internet de qualidade para realizar as atividades que os Orientadores e Professores estão fazendo remotamente com sua própria internet e equipamentos em suas residências. Além disso, toda e qualquer reunião de planejamento pode ser feita de forma remota, sem expor os trabalhadores a deslocamento e contato com grupo de pessoas.
Entendemos a necessidades da volta de alguns serviços públicos nesse momento, mas precisamos ser criteriosos para não impor a presença física de servidores que podem e devem neste momento fazer suas atividades de forma remota.”