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Maricá pode ter parceria científica com Cuba

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O vice-prefeito de Maricá, Diego Zeidan e o diretor-presidente do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), Celso Pansera, se reuniram na última quarta-feira, 24/02, em Brasília, com o embaixador de Cuba, Rolando Gómez González. O objetivo da reunião foi discutir com o embaixador uma proposta de parceria com o país para desenvolver projetos em Maricá, principalmente na área da Saúde.

Entre os temas do encontro estavam a transferência de biotecnologia para Maricá, num formato de intercâmbio para a formação dos profissionais de saúde, uma vez que Cuba é referência em saúde pública. Como primeira ação da parceria, a Prefeitura de Maricá pretende, assim que confirmada, enviar profissionais da atenção básica ao país. O encontro foi mediado pelo deputado federal, Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde no governo Dilma Roussef.

Além desta pauta, foram discutidas outras trocas de conhecimento na área de Saúde, Cultura, Agricultura e Educação. “Também conversamos sobre um intercâmbio que teria como inspiração as políticas educacionais cubanas, onde os índices de analfabetismo foram zerados e conseguiram colocar a maior parte de sua população nas universidades”, afirmou o vice-prefeito, Diego Zeidan.

Ainda de acordo com Diego Zeidan, o mote da possível parceria com o governo cubano é o empreendedorismo. “Nós estamos construindo um modelo de estado empreendedor, que não tem uma postura passiva. Buscamos uma parceria com Cuba porque acreditamos no modelo do país, referência mundial nas áreas de Educação e Saúde”, completou o vice-prefeito.

Para o diretor-presidente do ICTIM, Celso Pansera, o município já está autorizado a fechar acordos com Cuba, e que os avanços contemplam uma grande transferência de conhecimento para Maricá.

“Foi uma conversa importante. A cidade já tem uma lei que autoriza a fazer contratos e acordos com Cuba. Nós teremos nos próximos dias reuniões com os executivos das áreas deles com a nossa área para ver se avançamos num acordo mais global, tendo a transferência de conhecimento e tecnologia”, disse Pansera.

De grande relevância para a população maricaense, sobretudo a brasileira, uma das pautas mais importantes da reunião foi o intercâmbio de tecnologias. A proposta visa implementar no município modelos inovadores para o combate de doenças agressivas, como diabetes e vitiligo.

“Diabetes é uma doença sistêmica com muitas complicações que limitam a vida das pessoas, e que cada vez mais vitimiza precocemente pacientes que descobrem a diabetes na fase mais jovem, e também aqueles que descobrem na fase mais tardiamente. Qualquer tecnologia favorável, qualquer ação de ponta que possa melhorar os efeitos adversos e evitar as complicações com sequelas, vão ser sempre muito importantes para a qualidade e melhoria de vida dos pacientes”, comentou a secretária de Saúde, Simone Costa.

O diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), Olavo Noleto, lembrou de importantes iniciativas que deram certo em Cuba, e que podem ser replicadas em Maricá.

“Um dos negócios de Cuba é a medicina, eles têm um grau de excelência a ponto de prestar um atendimento para o seu povo e ainda exportar o serviço médico. Cuba é um país pequeno, humilde, que sofre com embargos econômicos pesados, mas que mesmo assim consegue dar dignidade para o seu povo com boa educação e boa saúde. Essa saúde humanizada que Cuba preconiza, é a saúde que Maricá quer construir todo dia”, afirmou Olavo.

Cuba tem uma relação estreita com Maricá, especialmente no âmbito da Saúde. Os profissionais que atuaram no programa Mais Médicos deixaram na população da cidade uma excelente imagem pelo cuidado e ação humanizada. O encontro da embaixada cubana em Brasília contou com a presença, também, do ex-prefeito de Maricá, Washington Quaquá.

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